A Justiça autorizou pedidos feitos pelas defesas do vereador afastado Idenor Machado (PSDB) e do ex-vereador Dirceu Longhi (PT), investigados de participação em esquema de corrupção que desencadeou a Operação Cifra Negra, no dia 5 de dezembro, em Dourados.
As solicitações, feitas ao juiz da 1ª Vara Criminal, Luiz Alberto de Moura Filho, têm o objetivo de desocupar o gabinete do ex-presidente da Câmara e autorizar uma viagem do petista a Praia Grande, litoral de São Paulo, para a realização de trabalho de fotografia.
Na decisão do magistrado, a retirada dos objetos de Idenor podem ser realizadas mediante a presença de um oficial de Justiça ou integrante do Ministério Público Estadual, “bem como que seja reduzido a termo todos os itens retirados do local, com a posterior juntada do termo nestes autos”, diz trecho da determinação.
Já em relação a Longhi, as datas previstas da viagem são entre os dias 25 de fevereiro e 10 de março. Para isso, o juiz pede a comprovação, através de registro, que o abone como fotógrafo profissional.
Ainda de acordo com Luiz Alberto de Moura Filho, a saída para outra unidade da federação não atrapalhará em nada a investigação.
“(...) haja vista que o intento do requerente não possui relação com os delitos pelo qual fora denunciado, bem como por tratar-se de outro Estado, demonstrando que em tal localidade o requerente não terá a possibilidade de atrapalhar a instrução criminal, ocultando provas ou intimidando colaboradores. Ressalto que o requerente deve comprovar o meio de deslocamento e as datas de chegada e partida desta urbe, bem como acostar documento que ateste que perpetrou a parceria de trabalho requerida (...)”.
A Operação Cifra Negra investiga esquema de corrupção que por oito anos ocorreu na Câmara de Dourados.
No dia 5 de dezembro, Idenor, Dirceu e os vereadores Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB) foram presos por participação na fraude em processos licitatórios na Casa entre 2010 e 2018.
Ex-servidores do legislativo e empresários também acabaram presos. Ao todo, 14 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual.
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