Produtor Alberto Titz ao lado do Coordenador da Defesa Civil de Deodápolis, Tenente Max Tosta. Ao fundo, onde há somente água existia em torno de 300 hectares de arroz. Foto: Eliton Santos.O produtor Alberto Titz, arrendatário de terras na região da Fazenda Austrália em Deodápolis,recebeu a equipe do jornal IMPACTONEWS nesta semana e mostrou os prejuízos causados pelas fortes chuvas dos últimos dois meses. No local, 300 hectares foram plantados com arroz irrigado. Deste total, 80% esta de baixo d’água. Alagado, o arroz perdido já contabiliza em torno de 50 mil sacas. A perca do produtor é milionária. A mesma já ultrapassa os R$ 2 milhões de reais, recursos estes próprios do produtor que nunca pegou nenhum tipo de financiamento. Alberto esta desolado com a situação de sua lavoura. O mesmo afirmou a nossa reportagem que perdeu tudo. O produtor, que é natural de Santa Catarina e que reside na região a cinco anos, afirmou que os 20% que ainda sobraram da lavoura também serão perdidos, haja vista que não haverá condições de manejo no restante da lavoura que não alagou.
“A expectativa para este ano na lavoura seria de 45 a 50 mil sacas de arroz. No momento, em torno de 80% da lavoura já foi perdida. Com a nova cheia que esta ocorrendo ainda naquela área, poderemos vir a perder o restante. É 100% de perda. Considerando que uma saca atualmente esteja custando algo em torno de 55 reais, o nosso prejuízo já ultrapassou dois milhões de reais, recursos estes oriundos de aplicação pessoal. Eu nunca pegue nenhum financiamento!” disse o produtor.
Ponte onde também existia pastagem foi
totalmente alagado.
A Fazenda Austrália esta localizada na MS 460, mais conhecida como ‘Continental’ que liga Porto Vilma a Ipezal. Indagado sobre as percas na região, Alberto ainda ressaltou que em contato com outros produtores de arroz, na região de Rio Brilhante, Douradina e Deodápolis, os prejuízos já são de 70% das áreas que conseguiram ser cultivadas. Outro fator que esta prejudicando o escoamento da produção é em relação as estradas. A MS 469, mesmo sendo do estado, não possui malha asfáltica. Diante das fortes chuvas, diversas erosões e atoleiros são encontrados ao logo da rodovia. “Os produtores estão colaborando de forma mutua para poder no mínimo passar com ajuda de tratores!” destacou o produtor.
As fortes chuvas que atingem as cidades do Sul do estado desde 2015, tem causados diversos problemas. Os produtores são os maiores prejudicados por conta das inundações que estão inviabilizando a produção. Alberto ainda relatou que esta é a maior enchente do Rio Dourados dos últimos trinta anos e por consequência, o seu ‘Afluente’, o Rio Brilhante também esta causando prejuízo aos produtores da região. “Os níveis de referencia que nos temos nestas áreas, é que esta cheia atingiu algo em torno de 2 metros acima da maior registrada nos últimos anos!” relatou.
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