De 12 unidades armazenadoras que a Conab (Companha Nacional de Abastecimento) mantém em Mato Grosso do Sul, quatro estão desativadas, sem previsão de retomada de uso pelo órgão. O mais provável é que sejam colocados à venda, admite a própria Conab.
Os armazéns em operação estão em Campo Grande, Cassilândia, Chapadão do Sul, Dourados, Maracaju, Rio Brilhante, São Gabriel D'Oeste e Sidrolândia. Destas, Campo Grande, Chapadão do Sul, Maracaju, Rio Brilhante e São Miguel D'Oeste e Sidrolândia estão contempladas no Plano Nacional de Armazenagem e serão modernizadas em 2015.
Já os armazéns desativados estão em Chapadão do Sul, Glória de Dourados, Pedro Gomes e Campo Grande, este último foi cedido à prefeitura local. A Conab informou que eles devem ser postos à venda. A entidade lançará edital de venda do armazém de Glória de Dourados e está providenciando a avaliação dos demais.
Preocupados com a situação, produtores de Chapadão do Sul, a 321 quilômetros de Campo Grande, querem fazer parceria como o Governo para arrendar pelo menos um dos imóveis. A Conab informou, por meio da assessoria de imprensa, que se dispõe a negociar com os produtores o armazém desativado, mas assegurou que o outro armazém da cidade está em funcionamento.
Um dos armazéns não funciona há mais de 13 anos e o outro está fechado há pouco mais de três anos, segundo o membro da diretoria do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Darci Ruy Borgelt. Uma associação de 32 produtores de milho, soja e sorgo tem um galpão próprio, que já não está sendo suficiente para estocar os grãos.
“A ideia nossa é fundar uma cooperativa e assumir o armazén, reformá-lo e fazer parceria com o Governo para enviar grãos para outros estados, como por exemplo para o nordeste, pois assim resolveriamos o problema”, explica Darci.
O presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Rudmar Arthur Borgelt, não tem esperanças que os armazéns da Conab voltem a funcionar e por isso apoia a proposta dos produtores de arrendamento. Segundo ele, os armazéns deixaram de funcionar por conta da burocracia. “Todo processo de licitação para algum material, como por exemplo lenha, era muito complicado e exigia muito dos concorrentes. Então ficou inviável”, afirma. De cordo com Rudmar, com tantas exigências, apenas terceiros ganhavam as licitações, o que aumentava o custo dos produtos a serem fornecidos para a Conab manter os armazéns.
Segundo Darci, como o preço dos grãos está baixo, os produtores preferem estocar neste momento e por isso um armazén não está sendo suficiente. Ele conta que a associação dos produtores que tem o galpão próprio armazena um milhão de sacas por ano. “Já fomos à Brasília par atentar resolver essa situação, mas até agora não conseguimos nada.
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