Encontrada até R$ 3,79 dias antes da greve dos caminhoneiros em Campo Grande, a gasolina pode voltar ao preço antigo se depender da competitividade dos proprietários dos postos após o reabastecimento, informou o gerente executivo do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Edson Lazaroto.
Após as paralisações, o combustível chegou a média de R$ 4,39 nas bombas da cidade. Lazaroto explica que a alta se deve ao desabastecimento, apesar do movimento colocar na pauta apenas o óleo diesel.
“O preço médio da gasolina a ser praticado em Campo Grande é de R$ 4,29, isso mesmo antes da greve. Acontece que muitas bandeiras tinham combustível para ofertar, e para gerar competitividade, abaixavam os preços. Como a greve desabasteceu esses postos, eles começaram a operar com o preço normal”, diz.
Preço da gasolina pode voltar a cair (Foto: Arquivo Midiamax)
Com o reabastecimento, muitos podem voltar a dar descontos. Na Avenida Júlio de Castilho, por exemplo, a gasolina foi encontrada nesta quinta-feira (31) a R$ 4,49, R$4,39 e R$ 4,29 em diferentes postos.
Nos dias de paralisação, nenhum caminhão com combustível entrou no Estado. Quando os postos foram reabastecidos durante a greve, era com gasolina e diesel já estocados pelas distribuidoras.
O reflexo é que com a falta de circulação de mercadorias novas entrando no Estado, há menor arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Mato Grosso do Sul calcula uma perda de R$ 170 milhões.
3ª menor alíquota
Apesar das reclamações dos proprietários de veículos a gasolina, Mato Grosso do Sul tem a terceira menor alíquota do país para o combustível. “Não há que se falar em gasolina. Nós já temos um dos menores preços por litro em Campo Grande. A alíquota é uma das menores do país”, ponderou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) durante coletiva nesta quarta-feira (30).
O tucano frisou que embora as entidades representativas já tenham aceitado o acordo, que prevê redução da alíquota de ICMS sobre o diesel de 17% para 12% tão logo os caminhoneiros voltem a roda, alguns manifestantes ainda resistem em deixar as paralisações.
“Tem que ter uma consciência de que o Estado está desabastecido. Algumas pessoas politizaram a discussão, trazendo (pautas) intervenção militar, fora presidente, e isso não está na pauta de ninguém nesta mesa. Não podemos rasgar a Constituição”, ressaltou Reinaldo na coletiva.
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