Incomodados com o grande fluxo de veículos e pessoas entrando e saindo de uma casa no bairro Itanhangá Park, região nobre de Campo Grande, vizinhos denunciaram à ouvidoria do Ministério Público Estadual (MPE) uma suposta casa de prostituição que funciona na região. Manter um estabelecimento dessa natureza é crime com pena que varia de dois a cinco anos de prisão. A Polícia Civil, investigará esta casa, assim como alega fazer em outros quatro locais.
Conforme a denúncia, a casa no Bairro Itanhangá está registrada na Prefeitura de Campo Grande como “estabelecimento de atividade estética e cuidados de beleza”, porém, segundo alegam os vizinhos, seria destinada à prostituição oferecendo um local luxuoso com piscina aquecida, sauna, hidromassagem, entre outros.
Ainda segundo os vizinhos, a casa oferece anúncios em redes sociais com imagens da casa e caso procurados por WhatsApp, fotos de garotas e valores são repassados aos “clientes”. De fato, anúncios da casa foram encontrados em vários portais de serviços de agenciamento de garotas de programa e sexo.
Uma das vizinhas, que preferiu manter a identidade em sigilo, disse que há uma alta rotatividade de carros na rua e de pessoas entrando e saindo da casa, o que causa uma sensação de insegurança. “Aqui é um bairro residencial. Procuramos aqui por tranquilidade e segurança. O que não ocorre com essa casa aqui”, comentou.
INVESTIGAÇÕES
Titular da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops), delegado Paulo Sá, disse que no momento três inquéritos sobre casa de prostituição estão em andamento na delegacia, mas esse caso do Itanhangá ainda é novidade.
“Quando recebemos a denúncia, tanto via sociedade, quanto Ministério Público, agimos de diversas formas. Entrevistamos vizinhos, fazemos campana. Podemos pedir um mandado para irmos e se houver flagrante já autuamos. O simples fato de ter quartos e caracterizar a prostituição já se enquadra na lei. Se prostituir não é crime, mas manter uma casa de prostituição é. Tendo ou não lucro para o dono”, detalhou lembrando que até quem aluga o local e tem conhecimento da finalidade do aluguel é indiciado.
Além do crime de manter uma casa de prostituição, a polícia analisa outras tipificações como induzir alguém a se prostituir ou o favorecimento que envolve também o induzir ou atrair alguém para o serviço. “Isso sem contar casos em que há menores envolvidos. Ai é exploração sexual de menores e o caso é mais grave ainda”, completou.
Por fim, o delegado afirmou que não tinha conhecimento do caso do Itanhangá, mas tomará providencias com as informações repassadas pela reportagem. “Vamos enviar um oficio ao MPE também e ver em que pé está a investigação deles e nos adiantar algo”, finalizou.
Procurado pela reportagem, o proprietário da casa disse que aluga o imóvel e tem um contrato com o inquilino, mas não tinha ideia que a casa seria utilizada para esse fim. Perguntado se irá pedir a retomada da casa, ele disse que irá analisar o contrato com seu advogado. O telefone de contato da casa não foi atendido nas tentativas da reportagem.
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