Produtores rurais de assentamentos do município Juti, Sebastião Rosa da Paz e Santa Clara II estiveram, na manhã desta quinta-feira (25), na sede da Agência de Desenvolvimento e Extensão Rural (Agraer), Parque dos Poderes, para conhecer o projeto da construção de uma Ceasa (Central de Abastecimento) em Dourados. A reunião teve o intuito de discutir a possibilidade de comercializar, no novo empreendimento, os alimentos cultivados nas duas comunidades agrícolas da cidade.
Segundo a agricultora familiar Rosângela Ávila, os dois assentamentos, situados a 15 quilômetros de distância de Juti, já estão com se organizando para formar uma cooperativa que visa, principalmente, atender o Ceasa de Dourados, assim que o mesmo estiver em funcionamento.
“Viemos aqui para amadurecer essa ideia de comercializar os produtos no novo Ceasa de MS. O tempo de construção do Ceasa será o tempo de nossa organização na cooperativa”, afirmou a assentada do Sebastião Rosa da Paz.
De acordo com o técnico da Agraer de Iguatemi, Valdecir Batista, a cooperativa dos assentamento terá um diferencial na cidade. “É importante salientar que o grupo será formado por um coletivo feminino, nomeado como ‘Cooperativa das Mulheres da Agricultura Familiar de Juti’. É bacana ver que as mulheres também estão assumindo postos de linha da frente de produção agrícola”, observou.
Durante a reunião, o gestor de Comercialização da Agraer, Nei Salviano se comprometeu em levar os interesses dos agricultores ao conhecimento do diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini. A intenção é agendar um novo encontro, dessa vez no município, para apresentar as famílias assentadas o projeto de construção do novo Ceasa. “Antes de negociar é preciso conhecer as técnicas adequadas de embalagem, armazenamento, classificação e transporte dos alimentos para que esses cheguem às prateleiras com qualidade”, apontou.
Conforme informações da Secretaria do Estado de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), o projeto da Ceasa da Grande Dourados está orçado em R$ 5 milhões. O complexo será construído pelo Governo do Estado, em uma área de quatro hectares, doada pela Prefeitura Municipal de Dourados. A previsão é de que a Central seja inaugurada até o início de 2016.
Atualmente Mato Grosso do Sul, conta com apenas um complexo de distribuição de alimentos, que atende Campo Grande e região. O novo empreendimento do executivo Estadual pretende viabilizar o atendimento da produção de alimentos de Dourados e cidades próximas. Cerca de um milhão de habitantes vivem na região – que compreende 38 municípios.
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