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Brasil

Três beatos brasileiros estão na fila para se tornar santo

24 Mar 2007 - 05h50

Três beatos brasileiros estão na fila para serem canonizados. Um quarto beato que viveu no Brasil, mas nasceu na Espanha, também está na lista. Todos terão de ter pelo menos um milagre comprovado parar se tornar santo. O primeiro brasileiro nato a ser canonizado é frei Galvão. Ele terá a sua santidade oficialmente decretada no dia 11 de maio deste ano, em missa a ser celebrada pelo papa Bento XVI, no Campo de Marte, em São Paulo.  

A primeira na fila da canonização é Albertina Berbenbrock, de Santa Catarina. A missa de beatificação está marcada para o dia 20 de outubro. Ela é conhecida como a Maria Goretti (santa italiana que, em 1902, teve morte semelhante à de Albertina) brasileira.

 Albertina Nasceu em 11 de abril de 1919, no município de Imaruí (SC). Foi assassinada no dia 15 de junho de 1931, aos 12 anos de idade, depois de uma tentativa de estupro. Ela está enterrada dentro da Igreja São Luiz, construída no local crime. A ela foram atribuídos milagres após sua morte violenta. Os milagres seriam obtidos por invocação junto a seu túmulo, o que motiva peregrinações.

No dia 21 de outubro, será realizada a missa de beatificação do padre espanhol Emanuele Gómez González, que viveu em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul. Ele era um missionário e o único padre na região do Alto Uruguai. Foi assassinado por causa de suas crenças religiosas no dia 21 de maio de 1924.

Emanuele visitava as comunidades do Alto Uruguai acompanhado do coroinha Adílio Daronch, que também foi morto.

O coroinha brasileiro Adílio Daronch, que acompanhava o padre Emanuele nas peregrinações pela região do Alto Uruguai, também terá sua missa de beatificação no dia 21 de outubro. Há indícios de que as mortes de Adílio e do padre Emanuele podem estar relacionadas a problemas fundiários. Eles davam sepultura digna a pessoas mortas por questões de terra e jogadas em uma cachoeira.

Os dois foram assassinados em uma emboscada entre as cidades de Três Passos e Nonoai, por soldados provisórios durante a Revolução de 1923, no Rio Grande do Sul. Ambos viajavam a cavalo. Eles foram encontrados amarrados em duas árvores. 

 A repercussão das mortes fez com que o local da emboscada se tornasse um ponto de romaria, onde os fiéis fazem seus pedidos. Os restos mortais dos dois religiosos estão no Mausoléu ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora da Luz, em Nonoai.    

Em Salvador (BA), no dia 25 de novembro, será realizada a missa de beatificação da irmã Lindalva Justo de Oliveira. Ela nasceu no município de Açu, no Rio Grande do Norte, em 1953.

Lindalva coordenava o Abrigo Dom Pedro II, em Salvador, onde cuidava de 40 idosos do pavilhão masculino.

Ela foi assassinada na Sexta-feira Santa de 1993, com 44 facadas, por Augusto da Silva Peixoto, um dos abrigados. Peixoto tinha 46 anos, mas foi acolhido no abrigo de idosos. Ele assediava irmã Lindalva e a matou depois de ter recusadas as suas vontades sexuais. Os restos mortais dela estão na capela do abrigo onde ocorreu o crime.

Um milagre para a canonização

Segundo o frei italiano Paolo Lombardi, postulador do Vaticano responsável pelo processo de beatificação, os três brasileiros e o espanhol são considerados mártires por terem morrido pela fé. Por essa razão não precisaram passar pela comprovação de um milagre para serem decretados beatos. “A espera do milagre é o caminho normal, mas o martírio dessas pessoas eliminou essa necessidade”, explicou Lombardi.

Bento XVI decretou os quatro como beatos no dia 16 de dezembro de 2006. As missas de beatificação serão celebradas no Brasil pelo cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da Congregação das Causas dos Santos da Sé.

Até a canonização, os candidatos passam por duas fases. A primeira é ser declarado servo de Deus, tornando-se venerável. A segunda é o processo de beatificação, tornando-se beato ou bem-aventurado. Por fim, é realizada a canonização, quando a pessoa é declarada santa. "Agora, para serem canonizados, será necessária a comprovação de um milagre depois de terem sido beatificados", explicou Lombardi.

 O milagre de frei Galvão

A paulista Sandra Grosi de Almeida, de 37 anos, não conseguia engravidar depois de sofrer dois abortos espontâneos, sendo que uma das gestações foi de gêmeos. Ela tinha má-formação do útero. Em 1999, ela engravidou novamente e os médicos sentenciaram que a gravidez não passaria do quinto mês. Ela tomou três pedacinhos de papel enrolados, as conhecidas pílulas de frei Galvão, que surgiram entre 1785 e 1788. Enzo, o filho de Sandra, hoje tem 7 anos.

 

 

G1

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