O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) resolveu exonerar “a bem do serviço público” o servidor Alex Armôa Teixeira, depois de comprovar que o funcionário é responsável por fraudes no lançamento de pagamentos a juízes leigos e conciliadores, desviando o dinheiro para si e para seus familiares.
A decisão, assinada pelo desembargador e presidente do órgão, Elpídio Elvécio Martins, foi publicada na edição do Diário da Justiça do dia 23 de junho, que já está disponível no site do TJ.
Em outubro do ano passado, o site Campo Grande News revelou o esquema chefiado por Alex. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) concluiu a investigação apontando desvio de aproximadamente R$ 600 mil do TJ/MS.
Alex Armoa Teixeira, de 33 anos, foi apontado como líder de organização criminosa junto com o pai, a mãe e o cunhado. Os quatro foram indiciados por formação de quadrilha e peculato.
Nas residências dos suspeitos na Capital e no interior, foram apreendidos computadores, documentos e veículos.
Conforme a investigação, Teixeira usou os nomes do pai, o policial civil aposentado Amaury Teixeira, da mãe, Maria de Fátima Armoa Teixeira, e do cunhado, Adriano Campo Cano, para desviar recursos destinados para o pagamento de juízes leigos e conciliadores.
O Gaeco descobriu também que o servidor usou o nome de um advogado, que atuava como juiz leigo, morto em 2002 para promover os desvios. O dinheiro foi desviado entre 2002 e 2007.
A investigação começou a ser feita a pedido do TJ/MS, que constatou o desvio e acionou o MPE (Ministério Público Estadual). Os promotores teriam até confirmado o desvio com a análise das contas dos quatro envolvidos, já que foi decretada a quebra do sigilo bancário.
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