O tereré irá se tornar patrimônio imaterial de Mato Grosso do Sul, conforme deliberação do Conselho Estadual de Cultura. A bebida foi considerada a mais tradicional e popular, tornado-se típica e repassada de ‘pai para filho’. O próximo passo é que a deliberação seja aprovada pelo governador do Estado, André Puccinelli.
O registro de bem imaterial é equivalente ao tombamento de uma edificação histórica. O resultado da reunião do Conselho Estadual de Cultura, feita no dia 16 de julho, foi publicado hoje no Diário Oficial do Estado. A arquiteta e analista de atividades culturais, Adriana Gardin, explica que o processo inicial foi levado pela prefeitura de Ponta Porã, para registro de bem imaterial do ‘Tereré de Ponta Porã’.
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul resolveu ampliar a a iniciativa para o Tereré, sem distinção de Município. A equipe da instituição montou um dossiê, em que foi contada a história da bebida e a importância cultural para o Estado.
No texto publicado nestq quarta-feira, ainda consta a influência em relação a Ponta Porã. “(…) Seu consumo no município remonta ao passado, ao surgimento das comunidades de Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero [Paraguai], que floresceram face ao ‘Ciclo da Erva-Mate’, continuando presente nos hábitos da população desta região”. E acrescenta: “(…) Tornou-se bebida típica da região, cuja tradição é passada de pai para filho, elimina as diferenças sociais, promove a interação cultural, propicia o diálogo entre os integrantes das “rodas” – que aproveita o momento para repassar as novidades”.
Em Mato Grosso do Sul, a cerâmica terena e o banho de São João já são considerados bens imateriais. Com a deliberação do conselho, o governador deve aprovar e publicar o decreto, em que institui o Tereré como bem imaterial, deliberação que deve constar no Livro de Registro das Celebrações.
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