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CASO SUZANE RICHTHOFEN

Suzane Richthofen: Relembre o crime que chocou o Brasil

Suzane Richthofen: Relembre o crime que chocou o Brasil

13 Fev 2019 - 09h48Por FÁTIMA NEWS - DA REDAÇÃO

No dia 31 de outubro de 2002, o engenheiro Manfred Von Richthofen, de 49 anos, e a psiquiatra Marísia Von Richthofen, de 50, foram brutalmente assassinados dentro de casa. Inicialmente, a polícia acreditava que se tratava de um latrocínio, que é roubo seguido de morte, mas em pouco tempo eles começaram a juntar as “peças do quebra-cabeça” e eventualmente descobriram que a própria filha deles, Suzane, planejou o crime junto com o namorado, Daniel Cravinhos.

O crime causou grande repercussão, já que a família de Suzane era de classe média-alta e tinha ascendência aristocrática. Os antepassados do Manfred são ilustres no contexto mundial, incluindo o aviador de mesmo nome, conhecido como Barão Vermelho, que faleceu durante a primeira Guerra Mundial, e o diplomata Hermann von Richthofen.  Perguntas como “O que leva uma menina que tem tudo cometer esse tipo de crime?” eram comuns e o interesse da população levou a TV Justiça a estudar a possibilidade de transmitir o julgamento ao vivo.

Segundo a versão da polícia, o crime foi planejado com meses de antecedência motivado por uma insatisfação dos pais com o relacionamento entre a Suzane e Daniel Cravinhos. Para Manfred e Marísia, Cravinhos a levaria “para o buraco”, já que ele vinha de uma condição econômica e social inferior, além de que ele não aparentava ser uma pessoa que gostasse de estudar ou “ter grandes sonhos” em sua vida, preferindo levar a vida na diversão, usando drogas ilícitas como maconha.

Já Suzane sempre viveu uma vida bastante regrada e com rigidez de educação, onde ela tinha horários para dormir, acordar, comer, estudar e se divertir. Ao conhecer Daniel no parque do Ibirapuera em São Paulo, ela teria encontrado uma liberdade que, até então, era desconhecida por ela e também o afeto que, supostamente, os pais não davam. Nesse contexto ambos se apaixonaram.

Numa tentativa de afastar Suzane de Daniel, o Manfred tinha planos para que ela concluísse os estudos fora do país. Na época, ela era estudante de direito da PUC de São Paulo.

De acordo com depoimento do perito criminal, Dr.Ricardo Salada, em uma entrevista ao programa Investigação Criminal do canal a cabo A&E, ambos se prepararam assistindo série americana, usando meias de nylon para não ter pelos e luvas para não deixar impressões digitais.

“Se eu encontrasse impressão digital nela na casa? Ela morava lá! O Daniel ficou trinta dias morando na casa (...), então o fato de ter impressão digital ou não, não daria culpabilidade a eles”.

O instrumento de crime utilizado foi uma arma construída pelo próprio Daniel. Já o irmão dele, Christian Cravinhos, entrou no crime por estar devendo um favor. No dia do assassinato, Suzane deixou o irmão dele, Andreas Richtofen, em uma lanhouse onde provavelmente ele jogava games como Counter-Strike ou então os da NetBet, logo em seguida abriu a porta da mansão onde eles moravam na região do Campo Belo, em São Paulo e, certificando que os pais estavam dormindo, acendeu a luz do corredor indicando que a ação podia começar. Daniel foi para o lado do Manfred, Christian foi para o lado da Marísia e ambos foram golpeados violentamente até a morte.

Após o evento, eles pegaram uma pasta onde o Manfred guardava uma reserva de dinheiro em reais, dólares e euros. Jogaram uma arma de fogo que havia na casa do lado do Manfred para simular uma reação e reviraram dois cômodos da casa para simular um latrocínio. Logo em seguida, eles pegam o carro de Suzane, deixam o Christian em um ponto, jogam as roupas fora, e ela, junto com o Daniel, vão para a suíte presidencial de um motel.

Segundo a delegada de polícia Cínthia Tucunduva, muitos comportamentos atípicos de Suzane já chamaram a atenção. Quando o policial deu a notícia de que havia um casal morto na casa, Andreas entrou em choque, mas a Suzane respondeu com muita frieza: “e agora, o que eu faço?”,como se não sentisse o “peso” da morte dos próprios pais.

Além disso, eles foram descartando todas as possibilidades e “juntando as peças”. Os pais não possuíam dívidas, a casa não foi arrombada, as câmeras de segurança estavam desligadas e o “roubo” foi em um valor muito irrisório. Também teve o ato falho de Suzane, já que ela abriu e fechou o portão com a chave dela. Já o irmão, Andreas, não teve absolutamente nada a ver com o crime.

A única peça que não “encaixava” era sobre a possibilidade de uma terceira pessoa, já que a polícia concluiu que a Suzane não teria força o suficiente para agredir alguém com aquela violência. No entanto, o Christian Cravinhos, que até este momento da investigação não era conhecido pela polícia, comprou uma moto Suzuki 1100 em notas de dólar. O lojista achou muito estranho e, na época, todos acompanhavam o caso pela televisão e decidiu ligar para a polícia.

Na madrugada de uma quinta-feira para sexta, Suzane, Daniel, Christian e Andreas foram interrogados em salas separadas e havia rodízio de policiais para ver se eles entravam em contradição ou não. Não suportando a pressão, o Christian acaba “pensando alto” e diz “Eu sabia que a casa ia cair”, dando a certeza aos policiais de algo que eles já tinham “mais do que a certeza”

Suzane e Daniel foram condenados a 39 anos de prisão e o Christian a 38.

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