Saddam, capturado em dezembro dentro de um esconderijo nas proximidades de Tikrit, cidade natal dele, parecia estar bem de saúde ao dirigir-se a um juiz iraquiano no primeiro passo de seu julgamento por crimes cometidos durante seus 35 anos de governo. Apesar da mudança de custódia, o ditador continuará sob a guarda das forças americanas.
Ao contrário de Saddam, muitas das ex-autoridades presentes na corte mostravam-se nervosas e agitadas, disse Chalabi, que recebeu várias ameaças de morte desde que aceitou reunir provas e preparar o tribunal para julgar o ex-ditador. Alguns dos ex-membros do governo do ditador mostraram-se hostis ao serem comunicados que seriam acusados formalmente na quinta-feira.
Ali Hassan Al-Majid, conhecido como "Ali Químico" por ter ordenado a realização de ataques com armas químicas, entre os quais um de 1988, no qual foram mortos cerca de 5 mil curdos iraquianos, parecia estar especialmente incomodado. "Ele parecia muito assustado. Ele estava tremendo", afirmou Chalabi.
Saddam, 67, é acusado de torturar e matar centenas de milhares de pessoas com a ajuda de membros do partido Baath. Ele assumiu o cargo de presidente em 1979, mas já era o homem forte do Iraque desde um golpe realizado em 1968. O ex-ditador também deve ser acusado formalmente amanhã, mas seu julgamento levará ainda meses para ser iniciado efetivamente.
Terra
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