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Brasil

Rússia anuncia libertação de grupo de 26 mulheres e crianças

2 Set 2004 - 10h18
Os terroristas que ainda mantêm mais de 300 reféns em uma escola em Beslan, na república russa da Ossétia do Norte, libertaram um grupo de 26 mulheres e crianças nesta quinta-feira, informaram as agências de notícias internacionais, citando fontes do governo russo.

Um pouco antes, Lev Dzugayev, um assessor do presidente da Ossétia do Norte, disse que três mulheres e três crianças haviam sido libertadas. O anúncio feito por ele causou tumulto entre as pessoas que esperavam do lado de fora da escola, que correram para ver quem havia sido solto.

Não se sabe, até o momento, se estes três reféns anunciados por Dzugayev estariam entre os 26 anunciados minutos depois pelo centro de operações de resgate russo.

Um repórter da Associated Press disse ter visto duas mulheres sendo libertadas e ao menos três crianças, que estavam nos braços dos soldados. Já um vídeo da Associated Press Television News mostra cinco mulheres e três crianças.

A televisão russa mostrou soldados camuflados carregando bebês, um deles envolto em uma manta e um outro sem camisa. Dzugayev chamou a libertação destes reféns de "o primeiro sucesso" e mostrou esperança em um possível progresso nas negociações com os terroristas.

"Salvar vidas"

Nesta quinta-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que a prioridade do governo russo é salvar a vida dos cerca de 350 reféns. Putin quer evitar repetir uma tragédia como a de outubro de 2002, quando 129 reféns morreram em um teatro em Moscou, também tomado por terroristas tchetchenos.

Putin adiou uma viagem à Turquia para acompanhar as negociações. Em suas primeiras declarações desde a invasão ocorrida ontem, logo após o final da cerimônia de volta às aulas, Putin afirmou: "Nossa principal tarefa é, claro, salvar a vida e a saúde daqueles que se tornaram reféns".

"Entendemos que estes atos não são apenas contra pessoas em particular, mas contra a Rússia como um todo (...) O que está acontecendo na Ossétia do Norte é horrível", afirmou.

Negociações

Enquanto os negociadores tentam encontrar um caminho para acabar com a ação, cerca de 2.000 parentes das vítimas e moradores da cidade esperavam por notícias de seus vizinhos e filhos. Muitos deles passaram a noite em um centro cultural a poucos metros da escola.

Pouco se sabe também sobre as condições sanitárias e alimentares a que estão sendo submetidos os reféns. Ofertas para envio de água e comida para as vítimas foram recusadas, ajudando a aumentar a tensão entre os parentes.

As negociações desde ontem ocorrem por telefone. O pediatra Leonid Roshal, mediador da captura de reféns em um teatro em Moscou, em 2002, estaria liderando a negociação.

Kazbek Dzantiyev, ministro do Interior da Ossétia do Norte, afirmou à agência de notícias Itar-Tass que 12 pessoas morreram nas últimas 24 horas, mas esses números não são oficiais.

ONU

Ontem à noite, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou a ação na escola. Em uma declaração lida por seu presidente, o diplomata espanhol Juan Antonio Yanez-Barnuevo, o conselho "condena nos termos mais firmes o ato odioso que constitui a tomada de reféns em uma escola [russa]".

O conselho, que se reuniu em caráter de urgência a pedido do embaixador russo Andrei Denisov, pediu também "a libertação imediata e incondicional de todos os reféns do ataque terrorista na Ossétia do Norte".

Ameaças e exigências

Logo após a captura dos reféns, o grupo armado ameaçou matar 50 crianças para cada combatente morto e 20 para cada combatente ferido. O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia disse que o grupo é formado por 17 pessoas (homens e mulheres) e que algumas delas estariam usando cintos com explosivos.

O grupo exige, além da libertação de presos envolvidos em atividades terroristas na Inguchétia, que as tropas russas sejam retiradas da Tchetchênia e o fim das ações militares nesta república, segundo informou Aslanbek Aslakhanov, assessor do presidente Putin, citado pela Interfax.

De acordo com o jornal "The New York Times", um correspondente chegou a falar com os ocupantes da escola por telefone, e disse que o homem que se apresentou como porta-voz deles falava russo com sotaque tchetcheno.

Aslakhanov também confirmou que os terroristas querem negociações com os presidentes da Inguchétia e da Ossétia do Norte e com o pediatra Leonid Roshal.

Terror na Rússia

Esta é a terceira ação terrorista ocorrida na rússia em pouco menos que duas semanas. Na terça-feira (31), dez pessoas morreram e 51 ficaram feridas em um ataque perto de uma estação de metrô no centro de Moscou.

O grupo islâmico Brigadas Islambouli [supostamente ligado à Al Qaeda] assumiu a responsabilidade pelo atentado, segundo um comunicado divulgado em um site na internet. A explosão ocorreu uma semana após dois aviões caírem no sul de Moscou, matando todas as 89 pessoas que estavam a bordo, o que foi classificado como "ato terrorista".

As autoridades russas disseram ter achado o mesmo explosivo nos escombros dos aviões e duas mulheres tchetchenas foram consideradas suspeitas. O mesmo grupo, Brigadas Islambouli, reivindicou o "seqüestro" dos aviões.

 
Folha Online

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