"Eu prometi que ele acompanharia a corrida e o trouxe para cá. Pergunta se ele sabe de quem é esse carro preto", disse Rubinho. "É do tio Senna", respondeu Eduardo, apontando para a Lotus preta que foi de Ayrton Senna na temporada de 1986 e está nos boxes de Interlagos para promover a corrida de domingo.
Apesar de os treinos começarem apenas na sexta, a segunda-feira foi agitada em Interlagos. Felipe Massa, da Sauber, também esteve por lá. Só faltou Ricardo Zonta, que irá disputar o GP Brasil pela Toyota, para completar o trio de pilotos brasileiros na categoria.
Em clima de tranqüilidade e total descontração, a preocupação de Rubinho era mostrar ao filho seu carro, a Ferrari F2004. "Não deu nem para ver se era o meu ou o do Michael (Schumacher, seu companheiro de equipe), vou ter de trazê-lo de volta", afirmou o piloto - os modelos da equipe italiana estavam cobertos com um pano vermelho.
Falando sério - "Esta é a minha maior chance de vencer o GP Brasil", revelou Rubinho. "Nos sete anos que corri pelos times pequenos, a prova era sempre no começo do campeonato e eu nunca simulei um GP antes de a temporada começar."
Isso justifica, segundo o piloto brasileiro, os vários abandonos que teve no GP Brasil. A única edição em que ele marcou pontos na corrida de Interlagos foi em 1994, quando classificou-se em quarto lugar, com a Jordan-Hart. "Agora será a última etapa, os carros estão bem desenvolvidos e a Ferrari é bem resistente", explicou.
Mas Rubinho sabe que não terá moleza de Michael Schumacher, apesar de o alemão já ter garantido antecipadamente o seu 7º título mundial. "Não posso mesmo acreditar em presente, será uma batalha grande", avisou o brasileiro. "Na realidade, não vejo a hora de colocar o carro na pista, ver as arquibancadas cheias."
Estadão
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