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VÍDEO - CULTURA

Professor joga capoeira com aluno cadeirante e emociona web

O vídeo de um professor de Brusque, em Santa Catarina, jogando capoeira com um aluno cadeirante tocou a mãe do garoto e está emocionando os internautas nas redes sociais.

19 Nov 2019 - 14h56Por Extra

O vídeo de um professor de Brusque, em Santa Catarina, jogando capoeira com um aluno cadeirante tocou a mãe do garoto e está emocionando os internautas nas redes sociais.

Na gravação, o menino Nicolas Maurici Mistura, de 13 anos, é levado para o centro da quadra na cadeira de rodas pelas mãos do professor Mestre Urso, do Centro de Treinamento Barro Negro. Urso convidou o professor Miúdo para participar da cerimônia de “batizado” e “lutar” capoeira com Nícolas. (vídeo abaixo)

“Eu tive aquela vontade de pegar ele (sic) e botar na roda pra mostrar que ele é igual, que ele também pode”, disse o mestre Urso em entrevista.

O vídeo

A cena chamou a atenção de Aline Rosa, mãe de Dudu, colega de Nícolas na aula, que gravou o vídeo e mandou para o SóNotíciaBoa.

“Me emocionou muito a atitude nobre do mestre, que acalentou o coração de todos ali, provando que a inclusão é possível e que todas as crianças têm direito de se divertir e interagir”.

Também conversamos com a mãe de Nícolas, Helaine, de 51 anos. Ela autorizou a divulgação das imagens do filho e disse o que sentiu quando assistiu ao vídeo: “Felicidade, admiração, gratidão, amor. Senti que vale a pena lutar por ele”, afirmou.

Helaine também elogiou a atitude do Mestre Urso:  “Vejo que tudo é possível quando o profissional tem amor”.

Adoção

Helaine contou que adotou Nícolas logo que ele nasceu e meses depois descobriu que ele havia nascido com uma problema congênito.

“Nicolas é meu filho adotivo. Adotamos com 29 dias sem conhecimento do problema neurológico. Aos 9 meses foi diagnosticado com Agiria Paquigiria Lisencefalia, uma má formação do cérebro, além da paralisia cerebral”, disse

Ela disse que ele estudou até o 6º anos, mas teve sair ensino regular.

“Ele estudava no Colégio São Luiz, onde foi muito amado pelo colegas. Sofri muito quando vi que precisaria tirá-lo pelas limitações”.

Capoeira

Mas Nícolas foi abraçado novamente por integrantes de um outro colégio e recebeu mais amor.

“Procurei a dona da escola Renascer no ano em que tirei o Nicolas do colégio. Chorando muito porque ele saiu de uma sala com 22 alunos para uma sala da APAE com 1 aluno mais comprometido que ele. Ela me acolheu”.

Hoje ele participa duas tardes na escola extracurricular Renascer, onde existem inclusão e as aulas de capoeira.

O professor

O mestre Urso é de Salvador, na Bahia, tem 42 anos de idade, é estudante de educação física e faz artes visuais também.

Ele pratica capoeira há 35 anos e vem se especializando em ajudar pessoas com deficiências.

“Tenho um projeto social em Salvador, com alunos que deixei lá formados. Já tive um trabalho em Salvador com 60 senhoras de capoeira. Trabalhei em um hospital psiquiátrico como vigilante e também dava aula de capoeira dentro do hospital, com o projeto social”, disse ao SóNotíciaBoa.

“Com 28 anos de capoeira em Salvador, fui para o Rio de Janeiro e sai plantando sementes. Vim para Brusque e aqui também já dei aula para pessoas com deficiência e há 2 anos venho fazendo um trabalho na escola Renascer, onde conheci o Nícolas”.

E ele agiu pela inclusão do menino.

“Esse ano surgiu a ideia de fazer o “batizado”, a troca de cordas e o Nícolas apareceu. Como a gente estava jogando com todas as crianças, ele não poderia ficar de fora porque ele é igual a todos. Não é só porque ele é cadeirante, que não poderia estar na roda jogando, do jeito dele.”

“A capoeira não é só levantar perna, dar golpe e pular. É uma coisa de satisfação. Ela traz a harmonia por dentro primeiro, para depois por fora. E Nícolas jogou desse jeito, com aquela harmonia, aquela felicidade por dentro dele, perante ao público ali”.

Outras crianças

E Mestre Urso vai além. Ele está abrindo um projeto na academia dele, o Centro de Treinamento Barro Negro, para ajudar outras crianças com deficiências.

“É um projeto gratuito, só para crianças especiais dessas entidades e das escolas públicas, para poderem fazerem parte da capoeira, do boxe, do jiu-jitsu”, finalizou.

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