Fiscais do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) investiga a procedência de um carregamento de couro bovino apreendido pela PRE (Polícia Rodoviária Estadual) em Dourados. Segundo o fiscal estadual agropecuário Giancarlo de Souza Silveira, há indícios de que o produto tenha saído de abatedouro clandestino na região.
Conforme informações extra-oficiais, o couro seguia para a região do Pantanal e a apreensão dos 880 quilos de couro sem procedência foi na noite de sexta-feira, por volta das 20h30, durante barreira policial no quilômetro 13 da MS-162 na zora rural do município de Dourados.
A carga de 25 peças de couro bovino salgado sem documentos de origem era transportada num veículo Ford F- 4000 com placas de Dourados. O material apreendido pelo Iagro foi destruído e acondicionado com cal e iodo, antes de ser encaminhado ao aterro sanitário.
Conforme o fiscal que registrou o termo de apreensão, a multa varia de 200 a 600 Uferms, ou seja, entre R$ 2.400,00 a R$ 7.200,00. Giancarlo disse que apreensões dessa natureza não são comuns, já que fiscalizações ostensivas da Polícia nas estradas vêm coibindo o tráfico de produtos de origem animal sem procedência ou inspeção.
“Isto preocupa e deixa o Estado em alerta, já que o couro bovino pode estar contaminado com doenças, como a aftosa e outras, que acabam sendo reintroduzidas na região”, diz Giancarlo, que é médico-veterinário, explicando que o vírus da aftosa, por exemplo, permanece vivo durante 150 dias em qualquer superfície, como botas, o couro do boi e pode passar de um rebanho para outro.
“Portanto a apreensão da Iagro visa principalmente a proteção sanitária do rebanho”, acrescenta o veterinário. Além da aftosa, outras zoonoeses, como a tuberculose, brucelose e cisticercose (oral e cerebral) podem acometer também pessoas através da ingestão da carne contaminada.
Mídia Max
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