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CRIME PASSIONAL

Policial civil mata secretária de vereador no gabinete da Câmara

Crime ocorreu no gabinete parlamentar, na manhã desta quarta-feira. Ao menos quatro tiros foram disparados pelo assassino. Testemunhas disseram que vítima e autor teriam um relacionamento amoroso anterior ao fato

16 Mai 2018 - 13h01Por em.com.br

Uma secretária do vereador Jerson Braga Maia, o Caxicó (PPS), foi morta a tiros na manhã desta quarta-feira, dentro do gabinete do parlamentar na Câmara Municipal de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

A Polícia Militar informou que o autor dos disparos é Cláudio Roberto Weichert de Passos, escrivão da Polícia Civil e lotado na Delegacia de Plantão de Betim, também na Grande BH. Testemunhas apontaram um relacionamento amoroso anteriormente entre os dois. De acordo com as informações repassadas pela assessoria de imprensa da Câmara, a vítima, Ludmila Leandro Braga, de 27 anos, já estava trabalhando quando foi assassinada. 

O autor do crime entrou pela porta principal da Câmara, se identificou como autoridade policial, mostrou a carteira que constava o registro de escrivão da Polícia Civil e conseguiu entrar no prédio com a arma porque não há detector de metais no local. 

Após tirar uma foto e passar pela roleta, Cláudio virou à direita e entrou no gabinete do vereador Caxicó, um dos primeiros do corredor, próximo à portaria. Ludmila estava sozinha na sala e foi morta com quatro tiros por volta de 9h. A arma usada no crime é uma pistola de calibre .40.
 
Depois que matou a secretaria, o policial civil atirou contra a própria cabeça e foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que o levou até a Prefeitura de Contagem, onde o helicóptero Arcanjo do Corpo de Bombeiros já o aguardava para encaminhá-lo a um hospital da cidade, ainda não divulgado.
 

Ludmila tem duas filhas. O vereador Caxicó, para quem a vítima trabalhava, é sogro do prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB). Caxicó informou via assessoria de imprensa, que vai se pronunciar por meio de nota.

Por causa do crime, o prédio da Câmara foi evacuado e o quarteirão isolado. O expediente foi suspenso e o presidente da casa do legislativo decretou luto por três dias. 

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que o assassinato da secretária ficará sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios em Contagem. A corporação ressalta ainda "que os trabalhos estão sendo acompanhados pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil." 

Ausência de detector de metais

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Contagem, vereador Leo Motta (PSL), informou que Cláudio passou pela roleta na portaria principal da Câmara e identificou-se aos porteiros, descartando qualquer falha de segurança que possa ter facilitado a execução do crime. 

A arma usada no crime não foi flagrada porque os detectores de metal do prédio estão em fase de instalação. “Todas as providências para garantir a segurança aos vereadores, funcionários e pessoas que passam pela câmara estão sendo tomadas. Nós temos o circuito interno de segurança, as roletas e os detectores estão em fase final de instalação”, explicou o parlamentar.

Leo Motta ainda disse que familiares de Ludmila, que estiveram no local, disseram a ele que a mulher vinha sofrendo ameaças do autor.

Prefeitura lamenta morte

A Prefeitura de Contagem emitiu nota, no início da tarde, lamentando a morte de Ludmila Braga. "A violência contra a mulher, infelizmente, é recorrente no Brasil e um dos temas que mais nos preocupa", diz o texto.
O executivo municipal ainda informou que está à disposição "para ajudar a família e as investigações no que for possível. É nosso compromisso combater firmemente a violência contra a mulher em todos os segmentos da sociedade. Até quando?"
 
O vereador Jerson Braga Maia, o Caxicó, também publicou nota, em seu facebook, sobre a morte de Ludmila Leandra Braga. "Ludmila, além de uma excelente profissional, era uma mãe maravilhosa e uma luz em nossas vidas. Sempre sorrindo e disposta a ajudar, irradiava alegria por onde passava. Lud (como carinhosamente a chamávamos) vai estar sempre em nossas mentes e corações", diz trecho do texto.

Violência contra a mulher desafia autoridades

Esse é o segundo caso envolvendo um agente da Polícia Civil em dois dias. Ontem, um policial invadiu a casa de uma família em Santa Luzia, na Grande BH, e matou a tiros três mulheres, sendo mãe e duas filhas. Principal testemunha do crime, o marido de uma das vítimas informou que o autor, Paulo José de Oliveira, de 40 anos, cometeu o crime por ter sido condenado pelo estupro das duas jovens assassinadas, uma de 18 e outra de 15 anos. Em seguida, o autor se matou.

Paulo estava preso na Casa de Custódia da Polícia Civil desde 27 de julho do ano passado pelos abusos sexuais e fugiu do local, onde ficam presos apenas policiais civis, para cometer o triplo assassinato. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil abriu sindicância para apurar o que aconteceu na Casa de Custódia e vai investigar se Paulo teve a fuga facilitada.

Hoje, enquanto o escrivão de Betim cometia o crime contra a secretária do vereador Caxicó dentro da Câmara de Contagem, as três vítimas de Santa Luzia eram veladas. Elas foram enterradas às 10h no Cemitério Belo Vale, na cidade da Grande BH. 

 
*Sob supervisão do editor Benny Cohen 

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