O 34º Distrito Policial, que fica no bairro do Morumbi, em São Paulo, abriu inquérito para investigar a morte do zagueiro Serginho, que sofreu uma parada cardiorrespiratória durante o jogo de seu time contra o São Paulo, na quarta-feira, no estádio do Morumbi.
De acordo com o delegado Guaracy Moreira Filho, a intenção é descobrir se houve negligência no atendimento ao atleta. Caso comprovada, os responsáveis poderiam ser indiciados por homicídio culposo.
De acordo com o delegado Guaracy Moreira Filho, a intenção é descobrir se houve negligência no atendimento ao atleta. Caso comprovada, os responsáveis poderiam ser indiciados por homicídio culposo.
Marcus Desimoni/FI |
Serginho é velado em Coronel Fabriciano (MG) |
"Queremos ver se houve negligência ou se foi somente uma fatalidade", disse Moreira Filho, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Os primeiros a serem ouvidos deverão ser o goleiro Silvio Luiz, o lateral-direito Anderson Lima e o médico Paulo Forte, todos do São Caetano, mais o volante César Sampaio, do São Paulo, e os médicos José Sanchez e Marco Aurélio Cunha, ambos do clube do Morumbi. Eles prestarão depoimento na condição de testemunhas, a partir da próxima terça-feira.
Moreira Filho espera concluir o inquérito dentro de um prazo de 30 dias. A pena em caso de condenação por homicídio culposo varia de um a três anos de detenção.
O delegado aguarda a chegada do atestado de óbito de Serginho, que deve acontecer dentro de 20 dias. O resultado da autópsia do corpo do jogador só será divulgado publicamente após ser dada permissão pela família, mas a Folha teve acesso ao laudo do IML, que aponta que o atleta morreu de edema pulmonar e hipertrofia miocárdica (engrossamento das fibras do músculo do coração).
Atendimento
Após cair sozinho em campo, aos 14min do segundo tempo, Serginho demorou 27 segundos para começar a receber atendimento --massagem cardíaca e respiração boca-a-boca. Em pouco mais de três minutos, foi levado no carro-maca até a ambulância, onde recebeu choques com o desfibrilador.
Em seguida, foi levado para o centro médico do próprio estádio do Morumbi e depois para o hospital São Luiz.
"Mesmo dentro de um hospital esse tempo é considerado ótimo. Duvido que com um kit de desfibrilador esse tempo seria menor", continuou o médico Dino Altmann, do hospital São Luiz, em entrevista coletiva concedida ontem.
A principal critica feita ao atendimento foi quanto ao fato de não haver um desfibrilador portátil, que pudesse ser usado no próprio gramado.
Folha Online
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar