Relator de outros dois projetos de pedidos de expulsão, o senador Demóstenes Torres (PFL/GO) avalia que a organização do jantar com o presidente Lula não constitui fato suficientemente grave para expulsar o senador ACM da legenda.
Demóstenes, no entanto, ressalta que o partido está "indignado" com a tentativa de cooptação de nomes pefelistas para a base de sustentação do Governo e lembrou que a postura de oposição do PFL permanece firme. "Nós não desautorizamos a posição do presidente Bornhausen, mas acho que não é o caso de expulsar. O PFL tem que tomar uma posição firme, mas não vejo motivação para uma expulsão", afirmou.
Aliados de ACM na Câmara e no Senado apresentaram dois abaixo-assinados pressionando para que o pedido de expulsão apresentado pelo deputado Onyx Lorenzonni (PR) fosse ignorado, fato que motivou a ameaça de Bornhausen. A polêmica sobre a expulsão de ACM revelou que as incompatibilidades entre o parlamentar baiano e o presidente da legenda não foram superadas, apesar de oficialmente ambos não terem protagonizado nenhum novo conflito. No final do ano passado, os dois se desentenderam por causa da publicação de uma entrevista do deputado José Carlos Aleluia (BA) num jornal do próprio partido.
O pedido de expulsão do senador ACM foi apresentado pelo deputado paranaense que considerou abusivo o fato de ACM ter organizado o encontro com o presidente Lula na noite de segunda-feira. A ameaça de expulsão não preocupou o senador baiano, que chegou a ironizar o processo.
Terra
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