Pesquisa mostra confiança de empresário industrial de MS

A Fiems (Federação das Indústrias do Estado de MS ), por meio do IEL/MS (Instituto Euvaldo Lodi), realizou no período de 30 de junho a 20 de julho, uma pesquisa que verifica, em Mato Grosso do Sul, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do segundo trimestre de 2007. O perfil da amostra no Brasil envolve 949 pequenas, 507 médias e 258 grandes. A participação de MS nesta sondagem representou 16% em relação ao número de empresas pesquisadas na região Centro-Oeste.

O ICEI é formado por dois indicadores: o indicador das condições atuais e o da expectativa. O primeiro indicador é uma avaliação do empresário sobre o comportamento da empresa e da economia brasileira em uma escala do pior para o melhor. Já o indicador de expectativa é uma opinião do que o empresário espera sobre o comportamento da empresa e da economia brasileira em geral para os próximos seis meses. O resultado foi de 58,2 pontos, mostrando um certo otimismo na indústria.

O índice das condições atuais foi de 48,7 pontos, abaixo de 50 pontos. Mas, o indicador de expectativa mostra um otimismo compensador com 62,9 pontos para os próximos 6 meses.

O nível de atividade é dado pelos indicadores de produção, emprego e utilização da capacidade instalada. Observa-se que a produção alcançou um indicador de 58 pontos e o número de empregados alcançou 56,1 pontos. Segundo 60% dos empresários pesquisados houve estabilidade na contratação de funcionários e para 30% houve estabilidade na produção. Para 45% dos empresários houve um aumento do nível de produção. 70% dos empresários está utilizando acima de 60% da capacidade instalada, originando uma taxa de utilização da capacidade de 72%.

Em relação aos indicadores de evolução nos estoque de produtos finais, a sondagem mostra que ficaram em 45,3 pontos, indicando uma leve queda. O mesmo índice de 45,3 pontos foi alcançado pelo estoque efetivo/planejado, também ficando abaixo do planejado.

Os índices de satisfação com a margem de lucro foram de 41,9 pontos, mostrando que existe na verdade uma insatisfação quanto às margens obtidas no trimestre (valores acima de 50 pontos indicam margens de lucros satisfatórias). Quanto à situação financeira da empresa o índice de satisfação foi de 54,6 pontos. Apesar do aperto no lucro os empresários estão conseguindo manter a saúde financeira da empresa. O indicador de acesso ao crédito está em 48,3 pontos, indicando uma leve dificuldade em obtenção de crédito (abaixo de 50 pontos).

Para os próximos seis meses, a expectativa do empresário, para a demanda de seus produtos no mercado é de 56 pontos, ou seja, espera um leve aumento da demanda dos produtos. O empresário também espera um pequeno aumento do número de contratações com 52,5 pontos de índice. O indicador de expectativa de compras de matérias-primas foi de 57,7 pontos, também indicando crescimento nas compras das indústrias, acompanhando o possível aumento da demanda de produtos.

Outro indicador de expectativa é o de exportações, que foi de 53,7 pontos e sinaliza que haverá pouca variação nas vendas para o exterior. A elevada carga tributária é o principal problema que afeta as empresas, segundo 64,7% delas. A competição acirrada de mercado e o alto custo da matéria-prima são outros problemas enfrentados por 42,8 % e por 41,1% das empresas, respectivamente. Em quarto lugar está a inadimplência dos clientes, na opinião de 29,4% dos empresários. As elevadas taxas de juros são problemas para 23,6% dos empresários e a falta de capital de giro significam dificuldades para 20,6% deles. Outro problema importante detectado por 19,2% dos empresários é a falta de trabalhador qualificado.

A Sondagem Industrial é elaborada pela Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento e pela Unidade de Política Econômica da CNI com a participação das Federações da Indústria de 22 Estados do Brasil, embora sejam consultadas empresas industriais de todo Brasil. As perguntas possuem cinco alternativas excludentes a respeito da evolução (do trimestre anterior) e a respeito da expectativa de evolução (para os próximos 6 meses).

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