O desempregado Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, foi o segundo amigo do goleiro Bruno Fernandes a mudar a versão que havia informado à polícia e disse nesta terça-feira à Justiça que viu Eliza Samudio, ex-namorada do jogador, no sítio do atleta antes de seu suposto assassinato.
Ele disse que ainda não havia revelado a presença de Eliza no local por estar "muito nervoso" após a polícia dizer que ele poderia ter matado Eliza e cogitado matar seu bebê.
"Eu não estava me encaixando nisso que eles estavam falando que eu estava fazendo. Eu estava com medo de falar", afirmou o réu à juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), onde ocorre o segundo dia de depoimentos dos acusados pelo crime.
Ele disse ter visto Eliza pela primeira vez no dia 7 de junho. De acordo com Coxinha, ela estava à beira da piscina com uma canga e a parte de cima do biquíni à mostra. A criança estava no colo. Enquanto isso, Bruno e outros bebiam cerveja perto. Segundo as investigações, ela foi morta no dia 10.
Pela manhã, o réu Flávio Caetano de Araújo, outro amigo do jogador, também voltou atrás na versão que tinha dado e disse ter visto Eliza no sítio.
Coxinha negou envolvimento nos crimes de que é acusado. Ele disse não estar envolvido em agressões, homicídio e ocultação do cadáver de Eliza.
Nesta terça, a audiência já ouviu o depoimento de Flávio Caetano de Araújo, que segundo as investigações esteve no sítio do jogador em Esmeraldas (MG), enquanto Eliza era mantida sob cárcere ajudou a esconder o bebê de Eliza quando o desaparecimento da ex-namorada do goleiro começou a ser investigado.
No depoimento, Araújo mudou sua versão e disse que viu Eliza Samudio no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG), dois dias antes do suposto assassinato da ex-amante de Bruno.
Depois de Coxinha, deve ser ouvido ainda Sérgio Rosa Sales, o Camelo (primo de Bruno). A fala de Sales é a mais aguardada, pois, em seu último depoimento, revelou ter sido torturado pela polícia para entregar os outros suspeitos de envolvimento no crime. A polícia nega qualquer agressão.
Ontem, já tinha sido ouvidos Dayanne do Carmo Rodrigues de Souza, mulher do jogador, e Elenilson Vitor da Silva, caseiro do sítio de Bruno. Na ocasião, disse ter ouvido que a intenção de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do jogador, era matar tanto Eliza quanto seu bebê.
Eliza Samudio afirmava ter tido um filho de Bruno, o que teria motivado o crime, segundo a polícia. A jovem foi vista pela última vez em junho. A Polícia Civil de Minas concluiu que ela foi assassinada a mando de Bruno e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. O jogador responde pelos crimes de homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Os outros acusados de envolvimento no crime são Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada de Bruno, e um adolescente primo de Bruno.
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