A investigação vinha ocorrendo deste 2001, numa parceria entre a Polícia Federal (PF), a Receita Federal e o Ministério Público Federal. Um dos presos na Paraíba, o empresário Daniel dos Santos Moreira, era o chefe da quadrilha. Segundo o delegado da PF, Ricardo Amaro Oliveira, o empresário tinha 39 empresas no seu nome. "Ele usava algumas das empresas para a lavagem de dinheiro que adquiria do esquema de sonegação de impostos", disse. No Estado também foram presos 19 fiscais de secretarias estaduais de Fazenda e a chefe do setor de atendimento da RF.
Só na Paraíba foram 30 envolvidos detidos no esquema de falsificação de selos do Imposto para Produtos Industrializados (IPI) em bebidas. Em Pernambuco apenas um mandado foi emitido. Joaquim Jorge Franca da Silva foi preso por ter acobertado a compra de um avião do empresário Daniel dos Santos quando trabalhava no Banco BCN. Além disso, foram feitas buscas de materiais para amostra num depósito de bebidas no bairro do Ibura, no Recife. Na Bahia, foi preso o fiscal de tributos do Estado Luiz Lopes Neto.
As pessoas presas vão responder por crimes de sonegação de fiscal, falsificação de selos de produtos industrializados e formação de quadrilha. Eles tiveram prisão decretada por cinco dias, mas a PF irá pedir prisão preventiva por tempo indeterminado. Além das detenções foram emitidos mandados de busca e apreensão. A PF já recolheu documentos, CPUs de computadores, notas fiscais, dinheiro e armas. Os materiais serão analisados por auditores da Receita Federal.
Segundo o delegado Ricardo Oliveira, a quadrilha vinha agindo há três anos. "As estimativas da Receita Federal dão conta de que foram desviados mais de R$ 25 milhões por ano na sonegação de impostos".
Agência Nordeste
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