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Mulheres têm salário 15% inferior aos homens na Europa

19 Jul 2007 - 04h13
Um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Comissão Européia (CE), o órgão Executivo da União Européia, revela que as mulheres dos países do bloco recebem salários até 15% mais baixos do que os homens, apesar de terem mais estudos.
"Nada indica que esta brecha está diminuindo de forma significativa", ressalta o texto. Em 1998, a diferença era de 18,3%, o que mostra que o progresso conseguido na União Européia em termos de discriminação salarial nos últimos dez anos foi mais baixo que no Brasil, onde a diferença passou de 39% para 13% entre 1994 e 2004, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
As grandes companhias financeiras são responsáveis pelas maiores diferenças, enquanto o setor público apresenta o menor desequilíbrio.
Aumento com a idade
As estatísticas européias mostram que a desigualdade aumenta com a idade. Se é de 7% para os trabalhadores com menos de 30 anos, chega a 31% para aqueles entre 40 e 49 anos, e 33% para quem tem entre 50 e 59 anos.
As mulheres representam 60% dos europeus que concluem uma universidade, mas a melhor formação também aumenta a diferença salarial, que chega a 30% entre as que têm um diploma universitário, contra 13% entre aquelas com educação secundária.
"Isso é um absurdo e precisa ser mudado", declarou o comissário europeu para Emprego e Assuntos Sociais, Vladimír Spidla.
Chipre e Estônia são os países europeus com maiores diferenças salariais (25% em ambos), seguidos da Alemanha, um dos poucos países onde a desigualdade aumentou nos últimos anos - de 21%, em 1995, até um pico de 23%, em 2004.
'Perda inaceitável'
O estudo ressalta que a diferença "não é apenas contrária aos princípios fundamentais da União Européia, mas também impede que o potencial profissional das mulheres seja propriamente atingido e que se alcancem os objetivos da estratégia européia para crescimento e emprego".
"É uma perda de recursos inaceitável para a economia e a sociedade", diz o texto.
Segundo a Comissão Européia, uma das principais causas da diferença na remuneração é "a forma como as competências femininas são avaliadas em comparação às masculinas".
"Por exemplo, em alguns países, uma babá ganha menos do que um mecânico, uma caixa de supermercado ganha menos do que um carregador e uma enfermeira, menos do que um policial", afirma Spidla.
Bruxelas afirma que é complicado acabar com o problema no conjunto da União Européia, já que as causas e setores envolvidos variam entre os 27 países membros, mas diz que não ficará de braços cruzados.
Uma das idéias é estabelecer a igualdade salarial como critério para a concessão de contratos públicos a empresas privadas.
A Comissão Européia também promete reformar a legislação já existente e elaborar políticas sociais e trabalhistas que garantam equilíbrio para homens e mulheres.
 
 
 
BBC Brasil

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