Representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) têm a meta de levar 800 famílias para o acampamento da fazenda Figueira, no município em Jardim, ocupada na última sexta-feira e que atualmente já conta com 500 famílias. A informação é do coordenador do MST, Gilberto Cipriano de Almeida.
A fazenda pertence à Associação das Famílias pela Unificação e Paz Mundial, presidida pelo reverendo Sun Myung Moon. Desde o último dia 26, inúmeros caminhões chegam a propriedade trazendo os sem-terra e as mudanças.
De acordo com o coordenador do MST, as famílias vêm de acampamentos de cidades vizinhas, entre elas Miranda e Anastácio. Porém, a maioria dos trabalhadores rural provém da chácara Ariranha, em Guia Lopes da Laguna, onde ficaram acampadas durante dois meses.
Antes de ocupar a chácara, os sem-terra estavam em outra propriedade de Moon, a fazenda Aruanã. Almeida conta que os trabalhadores devem iniciar o plantio de milho a partir de quarta-feira.
A meta é atingir 2 mil hectares de área plantada. Segundo ele, a polícia faz rondas constantes na região, mas o clima é tranqüilo e não foram registrados incidentes até o momento.
Para o provimento de água, os sem-terra já iniciaram a escavação de poços. Conforme o coordenador, o MST se recusa a negociar com o governo enquanto não houver área definitiva para o assentamento das famílias.
“Vamos ficar aguardando e não aceitamos sair”, revelou, explicando que o governo estadual possui verbas para adquirir áreas onde os trabalhadores possam ser assentados.
O MST alega que a fazenda Figueira, que possui 14,7 hectares, foi invadida porque é improdutiva. O advogado da Associação, David Moura Olindo, disse que o pedido de reintegração de posse da fazenda Figueira será protocolado hoje, na comarca de Jardim.
Mídia Max News
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