Técnicos da missão que levou produtos de Mato Grosso do Sul para a 24ª Edição da Feira Internacional de Luanda (Filda 2007), em Angola, projetam exportações de até US$ 1 milhão ao mercado africano. A projeção foi feita durante balanço da balanço da participação do Estado em reunião na Casa da Indústria. Segundo os técnicos, o primeiro contado com importadores africanos superou as expectativas. Nos próximos 90 dias empresários de vários setores podem fechar negócios entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão.
Segundo a consultora Cristina Barros, “Angola é um país que, após 26 anos de guerra civil, tem uma série de necessidades começando com alimentos já que precisa importar 90% de tudo que consome“. Ela também ressaltou que o país tem um potencial de crescimento, para este ano, de 35,3% principalmente devido à produção de petróleo, com 135 milhões de barril/dia, e diamantes.
FEIRA
Mato Grosso do Sul, que esteve no estande do Brasil, teve a segunda maior participação na Filda, só perdendo para Portugal, e foi representado por sete empresas sendo a Produtos D'Avó, Divino Sapore, Semalo e Imbaúba, do setor alimentício; Ponto G Moda Íntima e Di Classe Indústria de Lingerie, ambas do setor de vestuário; Peon, do setor metalúrgico e pelo Sindical – Sindicato das Indústrias de Calçados, cinco empresas do ramo calçadista, sendo elas a Calçados Indubrasil, Casa do Militar, Sun Fish, Calçados Santana e Camargo e Cia.
As indústrias têm apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MS). O presidente da Fiems, Sérgio Longen, espera que, a partir de agora, cada empresário dê seqüência a essa primeira missão empresarial realizada em sua gestão e já pré-agendou um reunião para, no máximo, daqui a quatro meses, para saber dos resultados no que se refere aos contatos com os empresários de Angola e as exportações efetivadas.
Contatos
Na missão empresarial, a consultora Cristina Barros realizou contatos com os três maiores distribuidores de Angola. Milete, que distribui para 47 mini-mercados locais, Xayevalas que vende à varejo para, aproximadamente, cinco mil ambulantes, que são conhecidos como zungueiras e a Emaxicom que já representa diversas indústrias brasileiras como a Garoto, Arisco, Havaianas, Friboi, entre outras.
Alimentos, construção civil, vestuário e acessórios foram os segmentos mais procurados e, neste primeiro contato, os produtos sul-mato-grossenses que mais interressaram foram, na área de alimentação, carnes (bovina, suína, de ovelha e pescados em geral), leite longa vida, macarrão, batata frita e salgadinhos. Na construção civil, a prioridade do governo angolano que possui um programa de reconstrução nacional, as necessidades estão em pré-moldados, pisos, tijolos e telhas em cerâmica e painel solar para geração de energia. Fardamento, calçados e acessórios de uso militar, uniformes esportivos, lingeries e acessórios em couro.
A expectativa da Apex-Brasil, que organizou a participação das empresas brasileiras no evento, pelo quinto ano consecutivo, é de gerar negócios da ordem de US$ 11 milhões. A Filda é a principal feira de caráter multissetorial da região do sudoeste africano e contou com a participação de 609 expositores de 27 países. O Brasil foi o segundo maior pavilhão com 70 expositores.
TV Morena
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar