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Brasil

MPF exclui irmão de Lula de denúncia com 39 nomes

20 Jun 2007 - 09h49
O MPF (Ministério Público Federal) informou ontem que ofereceu denúncia para a Justiça Federal de Campo Grande (MS) contra 39 pessoas acusadas de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Essa quadrilha foi desarticulada pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal.

Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não está na lista de denunciados. Entre os denunciados estão Dario Morelli Filho, compadre do presidente Lula. Morelli foi denunciado pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha e falsidade ideológica.

O MPF também apresentou denúncia contra Nilton Cezar Servo, acusado de ser um dos líderes da máfia dos caça-níqueis pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade e ideológica.

Escutas da PF apontam que Morelli seria sócio de Servo em negócios envolvendo máquinas de caça-níqueis e casas de bingo.

Vavá - Em nota, o MPF informa que não encontrou indícios da ligação de Genival Inácio da Silva, o Vavá, em nenhuma das quadrilhas investigadas. Vavá é irmão mais velho do presidente Lula.

A Procuradoria informa ainda que não tem informações suficientes sobre os possíveis beneficiários do suposto lobby feito por Vavá.

No entanto, o MPF requereu que os autos sejam devolvidos para a Polícia Federal de São Paulo para aprofundar as investigações sobre Vavá.

O irmão de Lula foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. A PF chegou a pedir a prisão de Vavá na Operação Xeque-Mate, mas a Justiça indeferiu o pedido.

O presidente Lula saiu em defesa de Vavá e disse duvidar que seu irmão tenha feito lobby junto ao governo. Para Lula, Vavá está mais para ingênuo do que para lobista. "Não acredito que Vavá seja lobista. Ele está mais para ingênuo."

Outro lado

O advogado Eldes Rodrigues, que defende Nilton Servo, contestou os crimes pelos quais seu cliente foi enquadrado na denúncia oferecida hoje pelo MPF. Segundo Rodrigues, é "impossível" Servo ser denunciado por contrabando porque seu cliente apenas fazia locação de máquinas caça-níqueis. "Isso [a denúncia] não tem fundamento", afirmou.

O advogado disse que Servo nunca se uniu a alguém para praticar um crime, portanto não deveria ser denunciado por formação de quadrilha. "Ele [Servo] apenas era sócio de casas de bingos que tinham ordem judicial para funcionar", afirmou.

Sobre o crime de corrupção ativa, Rodrigues ressaltou que o inquérito da PF não tem nenhum documento comprovando que Servo pagou propina a algum agente público. O advogado disse ainda que não entendeu porque seu cliente foi denunciado por crime de falsidade ideológica.

Como tomou conhecimento da denúncia pela nota divulgada no site do MPF, o advogado disse que ainda vai ler a íntegra da denúncia para verificar o que irá fazer.
 
 
Folha Online

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