O fogo começou no supermercado, localizado na periferia de Assunção (capital), ao meio-dia do domingo, quando o lugar estava lotado. Segundo autoridades, uma explosão provocada por gás perto da área de alimentação foi a responsável pelo início do incêndio. As chamas atingiram um estacionamento localizado no subsolo e vários corpos carbonizados foram encontrados dentro de carros queimados.
Até agora, 131 mortos foram identificados e entregues a suas famílias.
Falta de estrutura
A tragédia, considerada por muitos a pior no Paraguai desde os anos 1930, quando a guerra contra a Bolívia deixou milhares de mortos, mostrou a falta de estrutura no país. A magnitude do acidente sobrecarregou os serviços públicos de um dos países mais pobres e mais corruptos da América do Sul. Os hospitais ficaram lotados com as centenas de feridos que apresentavam queimaduras e problemas pulmonares.
"Esse acidente revelou o quão insuficiente são nossos recursos humanos e materiais para lidar de forma adequada com uma catástrofe", escreveu em um editorial o jornal Última Hora. Os médicos pediram doações de materiais e a Argentina já enviou um avião Hércules com remédios e ataduras.
O presidente do país, Nicanor Duarte Frutos, afirmou no domingo que vai pedir uma investigação rápida sobre as causas da tragédia "a fim de punir os responsáveis".
Terra Redação
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