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Brasil

Mortalidade Infantil indígena cai 10% entre 2007 e 2009

21 Ago 2010 - 09h47Por MS Notícias

A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) através do DESAI, Departamento de Saúde Indígena responsável desde 1999 pela assistência básica à saúde de aproximadamente 590 mil índios de 210 diferentes etnias em todo país, divulgou um balanço de 2007 a 2009, onde consta entre os dados positivos, a redução de 10% da mortalidade infantil neste período. Em relação ao início do trabalho há 10 anos, a redução é muito maior e alcança 43,8%.

Em 2000 a taxa que era de 74,6 crianças mortas para cada mil nascidas vivas diminuiu ano passado para 41,9/1000, deixando o Brasil em um patamar de mortalidade infantil indígena no primeiro ano de vida, considerado médio pela Organização Mundial de Saúde (abaixo de 50 óbitos).

Este número reflete indicadores de condições de vida, acesso e qualidade da atenção materna e infantil da população, aliado a um conjunto de ações em prol da saúde, executadas pela Funasa neste período.

Segundo o atual diretor do DESAI Flávio Pereira Nunes, o ex diretor que esteve durante três anos à frente do Departamento, o odontólogo sul-mato-grossense Wanderley Guenka, e toda equipe do DESAI foram os principais responsáveis pelo sucesso no alcance destes índices, mesmo que ainda distante do registrado pela população de não índios (19/1000).

“Conseguimos evitar que centenas de crianças indígenas morressem, mesmo com todas as dificuldades geográficas, logísticas e culturais; modificando a demanda assistencial que antes se restringia à recuperação dos indígenas doentes, revertendo estas ações em vigilância à saúde atendo-se mais a prevenção e promoção”, explicou Guenka, atualmente lotado na Coordenação Regional da Funasa em Mato Grosso do Sul.

A explicação sobre a conquista deste índice importante para saúde dos indígenas, foi definida em várias etapas por Wanderley Guenka:

As dificuldades

A riqueza cultural latente nas 210 etnias esbarravam no entrave da comunicação e troca de experiências entre as 170 diferentes línguas faladas pelas comunidades indígenas em contraponto a qualquer explicação em português sobre a necessidade de mudanças na operacionalização das ações voltadas a saúde.

A dificuldade geográfica na localização de várias aldeias, principalmente na Amazônia Legal,aliada à inexistência de centros de referência à saúde, próximo a estes locais (municípios de pequeno porte com baixa capacidade resolutiva) também foi determinante na série elencada como dificuldade.



Ações

Para conquistar dias melhores foi preciso estruturar a parte física dos pólos-base, Casas de Apoio à Saúde Indígena (CASAI) e Postos de Saúde Indígenas além da aquisição de equipamentos. A incrementação da logística para auxiliar o transporte das equipes multidisciplinares de saúde às aldeias, assim como a acessibilidade dos doentes indígenas através de barcos, veículos traçados e utilitários foram fundamentais para alcançarmos melhores índices no atendimento, sem esquecer da capacitação e treinamentos dos técnicos, através de investimento em recursos humanos.

Foi implantado mecanismo de chamamento, transparência e visibilidade (divulgação) nas parcerias firmadas com organizações não governamentais que selecionam e contratam profissionais qualificados mantendo salários em dia.

Além do empenho de implantar todos os programas de saúde preconizado pelo Ministério da Saúde, como o controle da malária, tuberculose, hepatites, imunização, vigilância nutricional, houve aperfeiçoamento do sistema de informatização que dispõe o cadastramento dos moradores de cada aldeia, com histórico dos atendimentos realizados e a busca ativa de casa em casa aos faltosos nas campanhas de saúde promovidas, além de 193 itens de medicamentos básicos à disposição nos Postos de Saúde, ajudaram a alterar o perfil da mortalidade infantil indígena no Brasil.

Diferencial

Todo trabalho em equipe demanda tempo e dedicação para que dê bons resultados. Conseguimos agregar às comunidades às nossas deliberações, ou seja, hoje o usuário indígena, os gestores estaduais e municipais que recebem recursos para atenção à saúde da comunidade indígena têm voz ativa e direito a opinar nas ações. As divergências, os acordos e as concessões nos fizeram crescer em aprendizado e em modificações efetivas através do diálogo.

Conclusão

Sem dúvida, uma das missões mais árduas do Estado brasileiro é a de levar as ações de assistência à saúde a essas regiões longínquas, com populações etnicamente diferenciadas e com determinantes sociais em saúde potencializados por obstáculos como barreiras geográficas, lingüísticas e culturais. E essa tarefa, a FUNASA tem realizado com galhardia e valentia, por meio de seus competentes profissionais de saúde.

 

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