O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que o presidente Lula "tem que entender" que o gás é boliviano e que, nas negociações bilaterais, é preciso "corrigir um mau negócio anterior".
Segundo a agência Ansa, Morales, em declarações à revista chilena Qué Pasa, descartou que as relações entre Brasil e Bolívia estejam ruins e disse que sempre conversa com o presidente Lula para discutir sobre a Petrobras e o comércio de gás.
"Talvez Lula esteja incomodado, mas não fui agressivo com ele nem com a Petrobras e menos ainda com o Brasil. Se fossemos agressivos isso significaria bloquear a saída do gás e isso nunca iremos fazer. Vamos garantir o gás para o Brasil e cumprir os contratos correspondentes", disse.
Morales precisou que "os brasileiros e Lula precisam entender que o gás é do Estado boliviano e que temos que corrigir um mau negócio feito anteriormente. E ele (Lula) deveria pensar também na Bolívia e não apenas no Brasil".
"Não confiscamos seus bens, por isso não é ser agressivo. Mas estamos buscando de forma conjunta uma maneira de trabalhar na indústria petroquímica", enfatizou.
Sobre as relações com o Chile, Morales reiterou que "voltarão (os bolivianos) ao mar com soberania. Mas isso depende muito do fator tempo e da consciência dos povos".
"O acesso soberano (ao mar) é um trabalho e um objetivo permanente", reiterou e continuou que "o tema central é saber como resolver os problemas de chilenos e bolivianos, como reconciliar dois povos obrigados a se entender".
"Já demos passos importantes. Há uma primeira etapa completa e agora vamos avançar a uma segunda. O mar sobra para o Chile, assim como para nós há os excedentes" de gás boliviano.
Terra Redação
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