Brincando, o deputado estadual Londres Machado, presidente regional do PR, admitiu hoje o desejo de voltar a ser presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, cargo que ele já ocupou sete vezes. O deputado, aliás, é recordista em eleições para o Parlamento Estadual. No pleito de 3 de outubro conquistou seu 11º mandato.
Na sessão plenária de hoje, Londres foi convidado pelo presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), para assumir a primeira secretaria da Mesa Diretora nos trabalhos de hoje.
“Com muita honra convido o senhor para assumir a primeira secretaria”, convocou Jerson. “Eu quero sentar é aí”, disse Londres apontando para a cadeira de Jerson Domingos. “No momento oportuno o senhor vai se sentar”, respondeu o atual presidente.
Entre os deputados estaduais ninguém admite que a discussão sobre a presidência da Casa já tenha começado. Mas, os boatos sobre a possibilidade de Londres voltar a comandar o Legislativo circulam desde antes das eleições.
O retorno de Londres ao cargo seria parte de um acordo político com o governador André Puccinelli (PMDB). Por enquanto, os dois negam a existência de trato.
Durante entrevista coletiva, no dia seguinte à sua reeleição, Puccinelli disse que não existia acordo nenhum e que não iria interferir nas eleições para a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa que devem acontecer em janeiro, após a posse dos eleitos no pleito de 3 de outubro.
“Não tem acordo com Jerson [Domingos], nem com Londres [Machado] nem com ninguém. Onde você interfere você se torna avalista. Não quero isso”, mencionou na ocasião.
Contudo, o partido do governador, o PMDB, que elegeu a maior bancada de parlamentares nas eleições quer continuar na presidência da Casa de Leis, segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB). “É praxe nesta Casa, a maior bancada indicar o presidente”, mencionou em entrevista no dia 6 de outubro.
Porém, se quiser garantir uma indicação sem disputa como mencionou Picarelli, o PMDB tem que convencer os demais partidos a compor uma chapa única, como ocorreu nos últimos anos. O acordo não é obrigatório. Outras bancadas podem registrar suas próprias chapas abrindo disputa pela Mesa Diretora.
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