Menu
quinta, 25 de abril de 2024
Busca
Busca
Brasil

Kombi completa 50 anos e mantém liderança no mercado

3 Set 2007 - 10h29
Veículo que serviu para impulsionar vários negócios, ainda vende 24 mil unidades por ano. Não foram poucos que a partir dela começaram de bolsos vazios para fazer fortuna. Em seus 50 anos completados ontem, a história de sucesso da Kombi se confunde com a de muitos empreendedores que trilharam carreira vitoriosa no Brasil e, quem sabe, nos mais de 100 países para os quais foi exportada nestas cinco décadas de produção.
 
O dono das Casas Bahia, Samuel Klein, já declarou que foi numa Kombi que, no começo de seus negócios, distribuiu produtos de porta em porta. O empresário também Victor Civita usou o veículo na distribuição da Editora Abril. A Souza Cruz também foi grande cliente, chegando a ter na frota de até duas mil Kombi.
 
Das vendas da Kombi de janerio a julho, 61% foram para frotistas de médio e grande porte, 33% para varejistas (pequenos empresários e compradores particulares), e 6% para órgãos governamentais. Travestida de pastelaria, correios, transporte escolar, lotação entre outros, a Kombi preservou os atributos de primeiro monovolume do Brasil. Estacionou na segunda geração, mas até hoje exibe boas vendas.
 
De acordo com a Volkswagen, a Kombi vende em média duas mil unidades por mês. O marketing da montadora tem pouco trabalho com ela. Raramente, a Kombi está no estande das 550 concessionárias da marca. A montadora não precisa gastar em mudanças visuais a cada três anos (prazo médio para reestilização) e tampouco com campanhas de mídia.
 
Suas vendas se igualam às do Polo e Golf, para citar modelos dentro da própria Volkswagen. Qual o segredo da Kombi, um carro projetado pelo holandês Ben Pon na década de 40 do século passado? "É o melhor custo benefício da categoria", afirma o gerente-executivo de marketing da Volkswagen, Marcelo Olival. Ele reconhece que o carro está defasado tecnologicamente. "Mas é isto que o consumidor quer, porque satisfaz as suas necessidades. Ele não se dispõe a pagar mais. Todas as vezes em que tentamos introduzir mudança que implicasse aumento de preços, as vendas recuaram", afirma, lembrando que o veículo é o único da categoria que transporta o quanto pesa: uma tonelada.
 
Olival destaca ainda, como atributos, a durabilidade, facilidade de manutenção e economia de consumo e o preço na hora da compra. "O potencial comprador está inserido nas classes B e C e tem entre 30 e 45 anos. Ao comprar a Kombi, este consumidor não deseja apenas um veículo, e sim iniciar ou ampliar seu negócio." Segundo a Volkswagen, a Kombi mantém a liderança, com 53% das vendas na categoria. Quem compra Kombi raramente faz seguro. O valor da apólice chega a R$ 10 mil. "A maioria prefere bancar o risco, porque, com o preço médio do carro a R$ 40 mil, o seguro inviabilizaria a compra", diz Olival.
 
A montadora lista como concorrentes o Ducato e Fiorino (Fiat), Master (Renault), Sprinter (Mercedes-Benz), Boxer (Peugeot), Jumper (Citroën), Besta (Kia). Segundo Olival, a Kombi responde por 7,2% do segmento de veículos comerciais leves, com 13.259 unidades nos primeiros sete meses deste ano.
 
Desde o dia 2 de setembro de 1957, saíram da linha de produção na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (ABC), 1.427.993 unidades. O mercado interno absorveu 1.290.726 unidades (de 1957 a julho de 2007). Neste período, foram exportadas 182 mil unidades. Os principais mercados foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.
 
Na linha de produção pouca coisa mudou. No Brasil do presidente Juscelino Kubitscheck , a Kombi foi lançada em meio às obras da fábrica, que seria inaugurada só dois anos depois. Com índice de nacionalização de 50%, tinha motor de 1.200 cc.
 
Ao longo do tempo, foram várias versões da Kombi, palavra originária do alemão "Kombinationfahrzeug", que significa veículo combinado ou de multiuso. Quatro anos após o seu lançamento, chegou ao mercado o modelo seis portas, nas versões luxo e estândar, com índice de nacionalização de 95%. A versão picape surge em 1967, já com motor de 1.500 cc. O motor diesel 1.6, a água, surgiu em 1981. No ano seguinte surge o modelo a álcool. As versões a diesel e cabinas duplas deixaram de ser produzidas em 1985. No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com motor 1.4 flex.
 
Atualmente, a Kombi é produzida em um turno na fábrica da Anchieta. São 320 empregados na linha. A Volkswagen produz 90 unidades diariamente. Qual o futuro da Kombi? Para Olival, o veículo venderá pelo menos, mais dez anos no Brasil. Ele reconhece que, com o mercado maior, a Kombi perderá força. "Mas sempre haverá interessados no custo-benefício da Kombi".
 
 
Invertia
 
 

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

TRAGÉDIA
Mulher passa mal ao ver marido infartar e morre 30 minutos depois dele
SEM ATENDIMENTO
Grávida que morreu sem atendimento 'vomitou sangue pelo nariz e boca'
VICENTINA - PROGRESSO
Prefeito Marquinhos do Dedé lidera avanço histórico rumo ao saneamento completo em Vicentina
Fátima Fest 2024
Agora é oficial Luan Santana divulga em sua agenda a data do show em Fátima do Sul no Fátima Fest
Saúde
Repórter Dhione Tito faz cirurgia no joelho e se diz confiante para correr atrás do boi de rodeio

Mais Lidas

FOTO: BLOG FAVO DE MELFÁTIMA DO SUL DE LUTO
Fátima do Sul com tristeza se despede do querido amigo Mirão, família informa sobre velório
DESPEDIDA
Morte precoce de mulher abala moradores de Mato Grosso do Sul
Entretenimento
Encontro Nacional de Violeiros do MS acontece neste fim de semana em Vicentina, veja a programação
FOTO: MÍDIA MAXFEMINICÍDIO EM MS
'Matei porque era prostituta': Homem deu 30 facadas em mulher e passou 3 dias com corpo em MS
Sidney Assis, de CoximTRAGÉDIA NAS ESTRADAS
TRAGÉDIA: Acidente mata mãe e filho