Agora, o processo volta ao MP, que poderá apresentar outra denúncia com base em fatos novos ou recorrer à segunda instância do Tribunal de Justiça. Segundo a juíza, os promotores se basearam na suposição de que Cássia Eller teria ingerido álcool e cocaína antes de morrer, o que não ficou comprovado pelo exame toxicológico. "A denúncia tem que se basear em dados efetivos extraídos do inquérito policial. Não pode se fundar em meras conjecturas, divorciadas da realidade", disse Donatti.
A juíza afirmou ainda que nem as considerações feitas pelas peritas legistas Tânia Donati Paes Rios e Eliani Spinelli, a pedido do MP, dão suporte à acusação. A primeira informou não ser possível apontar, com segurança, a razão da primeira parada cardíaca sofrida pela cantora. E a segunda, sustentou que Cássia Eller não tinha diversos sintomas típicos de um usuário de estimulante, no caso, cocaína.
Segundo o laudo cadavérico, Cássia Eller morreu por causa de um infarto do miocárdio consecutivo a múltiplas paradas cardio-respiratórias. A princípio, o MP pediu o arquivamento do inquérito, o que foi rejeitado pelo então juiz titular da 29.ª vara, Joaquim Domingos de Almeida Neto. Ele, por sua vez, encaminhou o inquérito para o procurador-geral da Justiça do Estado. Depois de realizar novas diligências, os promotores decidiram oferecer denúncia alegando imperícia dos médicos.
Estadão
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