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Jornal denuncia esquema de propina no Congresso Nacional

25 Set 2004 - 07h08
O Jornal do Brasil denunciou em sua edição de hoje a existência de um esquema de distribuição de verbas e cargos montado no Congresso pelo governo federal.

O suposto plano teria sido montado pelo ex-subchefe da Casa Civil, Waldomiro Diniz, que distribuiria propinas aos parlamentares em troca de votos. Conforme o jornal, os parlamentares aliados ao governo federal recebiam uma mesada fixa chamada de "mensalão".

O esquema foi denunciado por políticos ao ex-ministro das Comunicações Miro Teixeira, quando ele era líder do governo na Câmara.

Na época das acusações, Miro pressionou esses deputados para que fossem com ele pessoalmente ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas nenhum teve coragem.

Por meio de três conversas telefônicas ocorridas entre a tarde e a noite de ontem, o ex-ministro confirmou ao Jornal do Brasil ter sido procurado por parlamentares que conheciam o esquema.

Também reconheceu que cobrou dos deputados o relato ao presidente Lula. A senadora Heloísa Helena (sem partido-AL), confirmou ontem à tarde ao jornal a existência do esquema. "O governo montou um balcão de negócios sujos para manter sua base de bajulação. A cada nova denúncia ou indício de crime contra a administração pública, sinto um misto de tristeza e indignação. Surpresa, nenhuma", acusou.

O líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA), confirma conhecer a história de partidos sustentados com uma "cesta básica". "Isso não é novidade, mas não tenho como comprovar", disse.

Até agora Miro Teixeira não estava disposto a tornar público o ocorrido, embora tenha contado ter sido procurado por parlamentares conhecedores do esquema a pelo menos quatro pessoas - uma delas, presidente de um partido da base aliada.

De acordo com um procurador que afirma ter ouvido o desabafo de Miro, o ex-ministro teria dito ainda que a saída de Waldomiro Diniz do Planalto dificultou o esquema.

O pagamento do "mensalão", feito até então em dinheiro vivo, teria sido substituído por algo mais sofisticado, para evitar dores-de-cabeça aos envolvidos. A idéia era recompensar os parlamentares fiéis ao governo com cargos nos ministérios e liberação de emendas orçamentárias.

Um congressista, que pediu anonimato, já começou a negociar a criação da CPI para apurar a acusação. Para ele, o "mensalão" seria um dos tentáculos do caso denunciado na última semana pela revista Veja de que parlamentares do PTB estariam envolvidos num esquema de R$ 10 milhões em troca de apoios no Congresso e campanhas eleitorais em cinco capitais do país.

Segundo o deputado, parlamentares de outros partidos como o PMDB, PP e PL também seriam beneficiados pelo esquema.

O presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), que afirmou esta semana ter pedido R$ 1,5 milhão ao presidente do PT, José Genoino, não tendo obtido a verba, disse ontem que a idéia de pedir um auxílio do PT para as campanhas surgiu ano passado, quando o partido ainda era comandado pelo ex-deputado José Carlos Martinez (PR).

A intenção era pedir ao principal partido do governo socorro para alavancar as candidaturas municipais.

"Foi um compromisso que assumimos com os nossos candidatos que, infelizmente, não pudemos cumprir", lamentou.


JB Online
Jornal denuncia esquema de propina no Congresso Nacional

Sexta-feira, 24 de Setembro de 2004 - 22:23


O Jornal do Brasil denunciou em sua edição de hoje a existência de um esquema de distribuição de verbas e cargos montado no Congresso pelo governo federal.

O suposto plano teria sido montado pelo ex-subchefe da Casa Civil, Waldomiro Diniz, que distribuiria propinas aos parlamentares em troca de votos. Conforme o jornal, os parlamentares aliados ao governo federal recebiam uma mesada fixa chamada de "mensalão".

O esquema foi denunciado por políticos ao ex-ministro das Comunicações Miro Teixeira, quando ele era líder do governo na Câmara.

Na época das acusações, Miro pressionou esses deputados para que fossem com ele pessoalmente ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas nenhum teve coragem.

Por meio de três conversas telefônicas ocorridas entre a tarde e a noite de ontem, o ex-ministro confirmou ao Jornal do Brasil ter sido procurado por parlamentares que conheciam o esquema.

Também reconheceu que cobrou dos deputados o relato ao presidente Lula. A senadora Heloísa Helena (sem partido-AL), confirmou ontem à tarde ao jornal a existência do esquema. "O governo montou um balcão de negócios sujos para manter sua base de bajulação. A cada nova denúncia ou indício de crime contra a administração pública, sinto um misto de tristeza e indignação. Surpresa, nenhuma", acusou.

O líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA), confirma conhecer a história de partidos sustentados com uma "cesta básica". "Isso não é novidade, mas não tenho como comprovar", disse.

Até agora Miro Teixeira não estava disposto a tornar público o ocorrido, embora tenha contado ter sido procurado por parlamentares conhecedores do esquema a pelo menos quatro pessoas - uma delas, presidente de um partido da base aliada.

De acordo com um procurador que afirma ter ouvido o desabafo de Miro, o ex-ministro teria dito ainda que a saída de Waldomiro Diniz do Planalto dificultou o esquema.

O pagamento do "mensalão", feito até então em dinheiro vivo, teria sido substituído por algo mais sofisticado, para evitar dores-de-cabeça aos envolvidos. A idéia era recompensar os parlamentares fiéis ao governo com cargos nos ministérios e liberação de emendas orçamentárias.

Um congressista, que pediu anonimato, já começou a negociar a criação da CPI para apurar a acusação. Para ele, o "mensalão" seria um dos tentáculos do caso denunciado na última semana pela revista Veja de que parlamentares do PTB estariam envolvidos num esquema de R$ 10 milhões em troca de apoios no Congresso e campanhas eleitorais em cinco capitais do país.

Segundo o deputado, parlamentares de outros partidos como o PMDB, PP e PL também seriam beneficiados pelo esquema.

O presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), que afirmou esta semana ter pedido R$ 1,5 milhão ao presidente do PT, José Genoino, não tendo obtido a verba, disse ontem que a idéia de pedir um auxílio do PT para as campanhas surgiu ano passado, quando o partido ainda era comandado pelo ex-deputado José Carlos Martinez (PR).

A intenção era pedir ao principal partido do governo socorro para alavancar as candidaturas municipais.

"Foi um compromisso que assumimos com os nossos candidatos que, infelizmente, não pudemos cumprir", lamentou.
 
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