A energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu ficará 7,62% mais cara a partir de 1º de janeiro e com o reajuste, autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a tarifa passará a custar US$ 19,2071 por quilowatt. Esse aumento afetará as distribuidoras de Mato Grosso do Sul, que compram parte da energia elétrica vendida pela hidrelétrica binacional, e, como conseqüência, os consumidores, já que a Aneel repassa integralmente a alta para o índice de reajuste da tarifa concedidos anualmente nas datas bases das respectivas empresas.
No caso da Enersul, que compra da Itaipu 19,5% da energia elétrica consumida por 72 municípios de Mato Grosso do Sul, a data base de reajuste da tarifa é abril, enquanto a da Elektro Eletricidade e Serviços, que atende os municípios de Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Brasilândia, Três Lagoas e Selvíria, é agosto. Além dessas duas empresas, outras 20 distribuidoras adquirem energia da hidrelétrica e os gastos delas com a compra da energia de Itaipu, cotada em dólar, também são considerados pela Aneel para calcular o reajuste anual das tarifas de energia.
Essa energia comprada de Itaipu por 22 distribuidoras representa grande parte da chamada parcela “A” do cálculo tarifário, que leva em conta a variação cambial dos 12 meses anteriores ao aumento da tarifa de energia. No ano passado, o governo federal decidiu adiar o repasse para as tarifas da variação cambial com objetivo de evitar os índices muito altos de reajustes que estavam pressionados com a alta do dólar registrada em 2002.
Esse valor que deveria ter sido repassado para as tarifas em 2003 foi divido em duas parcelas: a primeira foi descontada nos reajustes deste ano e a segunda será repassada para as tarifas em 2005. Atualmente, as empresas pagam US$ 17,8474 por quilowatt pela energia de Itaipu. Esse valor foi definido no fim do ano passado, a partir de um reajuste de 1,66%. No cálculo da tarifa de repasse, segundo a Aneel, são considerados o custo unitário dos serviços de eletricidade da usina, o custo da energia cedida ao Brasil pelo Paraguai e o saldo da conta de comercialização da Eletrobrás.
Mídia Max News
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