Diretores do jornal mexicano "Noroeste", de Mazatlán, disseram ter recebido três telefonemas exigindo 200 mil pesos (cerca de R$ 26,5 mil) para não explodir o prédio do jornal, informa o jornal "El Universal". A voz no telefonema seria a mesma de uma ligação recebida de um ataque a tiros contra a sede da empresa na madrugada de ontem.
A suspeita é de que a ameaça venha de uma célula do grupo La Línea, que chegou a Mazatlán há algumas semanas para disputar território com o cartel de Sinaloa, liderado pelo narcotraficante Joaquín El Chapo Guzmán Loera, informa o "Universal".
Pessoas da procuradoria geral de justiça de Sinaloa, que acompanham as investigações do caso, confirmaram que a voz corresponde à das ligações recebidas e gravadas na noite de terça-feira, horas antes de dois homens armados atirarem contra a fachada do prédio. Não havia funcionários no local no momento do ataque.
Segundo os funcionários do "Noroeste", foram recebidas três ligações esta manhã exigindo 200 mil pesos e não criar escândalo entre os meios de comunicação, informa o "Universal".
Após o ataque de ontem, o "Noroeste" publicou em sua manchete de hoje "Não vamos ceder!". "Fiel aos princípios de quem o fundou, e como demonstrou ao longo de 37 anos desde que foi criado, o Noroeste se mantém firme em sua vocação de exercer um jornalismo independente e imparcial, que não fraquejará para seguir garantindo aos sinaloenses seu direito à informação".
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