Menu
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
quinta, 25 de abril de 2024
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
Busca
Busca
Brasil

Greve na Saúde paralisa 90% dos leitos em Alagoas

23 Jul 2004 - 07h18
O diretor-geral do Hospital Universitário (HU) de Maceió, João Macário, afirmou, ontem, que 90% dos serviços de pré-natal, pediatria e puericultura estão paralisados com a greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), segundo jornal Gazeta de Alagoas.

De acordo com ele, apenas o pronto-atendimento pediátrico, para os casos de emergência, está sendo mantido. A direção do hospital decidiu também suspender a marcação de consultas para esses setores. Ontem, todos os oito consultórios para atendimento pré-natal estavam fechados e os corredores vazios. As gestantes em situação de risco, com sangramento, estão sendo encaminhadas para a maternidade, que está funcionando normalmente.

A greve dos servidores obrigou ainda a direção do HU a reduzir em 30% o número de leitos para internamentos. Esta semana, dos 176 leitos disponíveis, apenas 124 estavam ocupados. O diretor-geral do hospital estima que dos 650 servidores técnico-administrativos lotados no HU, pelo menos 30% não estão trabalhando, a maioria auxiliares de enfermagem.

Com a paralisação ontem no setor de Pediatria, apenas uma servidora fazia o atendimento das pessoas que já tinham consultas agendadas. Josilene Júlio da Silva veio de Rio Largo para fazer a consulta da filha Josie Mirelle Júlio da Silva, de dois meses. Para sua sorte, a consulta agendada há um mês não foi cancelada. A greve prejudica também o setor de puericultura, que possui o único laboratório público do Estado para atendimento de crianças com hidrocefalia.

O diretor-geral do HU garantiu que o atendimento de pacientes que precisam de acompanhamento contínuo não foi paralisado, como o de aids, tuberculose, hanseníase, hepatite, diálise e quimioterapia, além da maternidade.

A greve dos servidores técnicos-administrativos foi deflagrada há mais de 20 dias, mas só há 15 dias começou a afetar a rotina do hospital.

Por mês, são atendidos 12 mil pacientes nos ambulatórios, o que dá uma média de 600 pessoas por dia. O número de internamentos chega a 750 por mês. Com a redução no número de atendimentos, o hospital pode ter uma perda de receita nos próximos meses. "O hospital tem como única fonte de sustento os recursos do SUS. Reduzindo os procedimentos, poderemos enfrentar problemas nos próximos meses, caso a greve se prolongue", afirma Macário. O teto financeiro do hospital é de R$ 650 mil, mas o número de atendimentos realizados pelo hospital sempre extrapola esse valor.

Macário diz que o governo precisa encontrar uma solução para atender às reivindicações dos servidores das universidades. "A maioria dos servidores está em situação de penúria, cheios de dívidas, com os cheques especiais estourados e muitos estão nas mãos de agiota", afirma.

Esse quadro acaba gerando uma situação de estresse, que se reflete no grande número de servidores que pedem afastamento do trabalho por problemas de saúde.

 

Terra Redação

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

MAUS-TRATOS
Cachorros são resgatados dentro de caixa em bagageiro de ônibus
TRAGÉDIA
Mulher passa mal ao ver marido infartar e morre 30 minutos depois dele
SEM ATENDIMENTO
Grávida que morreu sem atendimento 'vomitou sangue pelo nariz e boca'
VICENTINA - PROGRESSO
Prefeito Marquinhos do Dedé lidera avanço histórico rumo ao saneamento completo em Vicentina
Fátima Fest 2024
Agora é oficial Luan Santana divulga em sua agenda a data do show em Fátima do Sul no Fátima Fest

Mais Lidas

FOTO: BLOG FAVO DE MELFÁTIMA DO SUL DE LUTO
Fátima do Sul com tristeza se despede do querido amigo Mirão, família informa sobre velório
DESPEDIDA
Morte precoce de mulher abala moradores de Mato Grosso do Sul
Entretenimento
Encontro Nacional de Violeiros do MS acontece neste fim de semana em Vicentina, veja a programação
FOTO: MÍDIA MAXFEMINICÍDIO EM MS
'Matei porque era prostituta': Homem deu 30 facadas em mulher e passou 3 dias com corpo em MS
Sidney Assis, de CoximTRAGÉDIA NAS ESTRADAS
TRAGÉDIA: Acidente mata mãe e filho