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Grego que ajudou Vanderlei quer depor a favor do brasileiro

17 Set 2004 - 13h39
O grego Polyvios Kossivas já ajudou Vanderlei Cordeiro de Lima uma vez. Agora, quer ajudar de novo. Nesta sexta-feira, o herói da maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas anunciou que pretende depor a favor do atleta em um possível julgamento do recurso que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vai mandar à Corte de Arbitragem do Esporte (CAS).

Antes de entrar no tribunal, última instância do julgamento esportivo mundial, o COB tenta convencer a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) a conceder a Vanderlei uma medalha de ouro.

Arquivo  
Vanderlei Cordeiro é ajudado por Kossivas no famoso incidente dos Jogos de Atenas
O pedido do COB é para que Vanderlei também seja nomeado o vencedor da maratona olímpica, sem prejuízo ao italiano Stefano Baldini, ganhador da prova. O brasileiro liderava a corrida, disputada no último dia dos Jogos, quando foi atacado pelo padre irlandês Cornelius Horan. Foi neste momento que Kossivas agiu, ajudando o maratonista a se livrar do agressor. Mesmo com o incidente, Vanderlei ficou com a medalha de bronze.

"Fiquei muito chateado com o fato do Vanderlei ter ficado em terceiro lugar. Vou dizer até morrer que ele foi o campeão e que merecia a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Atenas", disse Kossivas. "Em qualquer momento que for preciso eu vou estar presente em qualquer tribunal para testemunhar a favor do Vanderlei", completou.

Bastante simpático, Polyvios Kossivas recebeu oficialmente de Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, o convite para visitar o Brasil. O grego vai ser homenageado na entrega do Prêmio Brasil Olímpico, no final do ano.

"Ele (Nuzman) me prometeu um encontro com o Pelé, o Oscar e duas jogadoras de vôlei de praia", brincou Kossivas, que deve ficar no Brasil por uma semana, com a família. Aliás, ele já tem um programa na cabeça: visitar o Cristo Redentor.

Celebridade no Brasil, o grego, que ganhou os carinhosos apelidos de Papai Noel e Zeus, ainda é um desconhecido na Grécia. E ele lamenta a falta de reconhecimento de sua participação na maratona.

"O reconhecimento veio do Vanderlei e dos jornalistas brasileiros. Fico muito triste porque os gregos não se preocuparam com esse assunto. Por isso o prazer é todo meu. E eu me sinto um pouco brasileiro por ter feito tudo isso", conta.

Kossivas mora a cerca de 400 metros do local do incidente, e passa pelo ponto ao menos duas vez por dia. No último dia da Olimpíada, ele estava vendo a maratona pela TV quando resolveu acompanhar a prova in loco, para a sorte do brasileiro.

"Eu já conhecia um pouco do Vanderlei. Sabia que ele tinha sido jogador de futebol e que tinha vencido algumas provas na América Latina. Aliás, o Brasil é minha segunda pátria no esporte", disse Kossivas, ex-jogador e dirigente de basquete, hoje administrador da empresa de sorvete da Almathia-Nestlé.

Como ex-esportista, Kossivas ficou indignado com a intromissão de Cornelius Horan. E não teve dúvida em tirar o irlandês do caminho do brasileiro.

"Eu reagi no momento, deixando para trás umas três ou quatro pessoas que ficaram em dúvida se ajudavam ou não. Minha reação aconteceu porque eu era um atleta", diz Kossivas.

Apesar de forte (ele não revela o peso, dizendo apenas que tem "mais de 80 quilos"), Kossivas teve dificuldade para separar Vanderlei de Horan.

"Estavam os dois abraçados, o irlandês em baixo e o Vanderlei por cima. Consegui soltar o Vanderlei do irlandês e o coloquei de novo no percurso. Depois gritei 'vai, vai, vai,' e bati palmas para ele", conta o grego.

A missão de anjo de Polyvios Kossivas não parou por aí. Depois de salvar Vanderlei Cordeiro de Lima, ele foi ajudar Cornelius Horan, evitando que o padre irlandês fosse linchado pelos outros torcedores. "Mesmo assim, ele ainda levou alguns tapas", comenta, sorrindo.

Partiu do próprio Kossivas a idéia de depor a favor de Vanderlei. Entretanto, o depoimento talvez nem seja necessário. Neste final de semana, o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) vai entregar ao presidente da IAAF, o senegalês Lamine Diack, um protesto formal pedindo que seja concedida ao atleta a medalha olímpica de ouro.

Caso o pedido não seja aceito, o COB tem até o dia 29 de outubro para entrar com um protesto na Corte de Arbitragem do Esporte, que dará a decisão final sobre o assunto.
 
 
Agência Estado

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