O deputado federal João Grandão (PT-MS) fez um pronunciamento na sessão de terça-feira da Câmara dos Deputados demonstrando a sua preocupação com a denúncia de racismo na unidade de Ivinhema da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
A UEMS, segundo ele, é uma das instituições de ensino superior no Brasil, pioneira na implantação do sistema de costas para negros e índios em seus vestibulares, está passando por um momento sui generis onde um estudante do curso de Biologia está processando um professor por crime de racismo.
“É justamente um aluno negro que entrou na UEMS pelo sistema de cotas que denuncia estar sendo tratado de forma preconceituosa pelo professor que se utiliza piadas racistas em sala de aula. A denuncia tornou-se pública e o Diretório Central de Estudantes está acompanhando o caso que foi registrado na delegacia de Polícia Civil de Ivinhema”, disse o parlamentar.
Grandão afirmou que a sociedade deve ficar atenta à denúncia para que casos como esse não se repitam não apenas na UEMS mas em outras universidades brasileiras onde funcionam os sistemas de cotas que é um luta de vários anos do movimento negro.
Como coordenador do Núcleo de Parlamentares Negros (NUPPAN) da Câmara, João Grandão está preocupado com esta questão justamente no momento em que comemoramos a aprovação da Lei que inclui nos currículos escolares a disciplina de História da África.
O Governo Popular de Mato Grosso do Sul, através do Conselho Estadual dos direitos do Negro (Cedine) e o Fórum Permanente de Entidades do Movimento Negro, estão atentos à denúncia registrada na polícia civil de Ivinhema no início de Julho, para combater e prevenir a discriminação racial em universidades.
João Grandão afirmou que é de fundamental importância da sindicância administrativa aberta pela reitoria da UEMS, para apurar o caso, ao mesmo tempo, em que sugerimos a elaboração de um programa com a realização de palestras, seminários e fóruns de capacitação aos docentes sobre a igualdade étnica e racial, a fim de prepara-los no relacionamento com todas as raças possibilitando assim a “unidade na diversidade”.
“Que este seja o primeiro e último caso de racismo envolvendo o sistema de cotas na Universidade, para o bem da democracia, pelo respeito ao cidadão e pela convivência pacífica entre todos os segmentos da sociedade”, finalizou o parlamentar.
Fátima News
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