Após trinta dias em vigor, terminou nesta segunda-feira (24) o estado de exceção declarado pelo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em cinco departamentos (Estados) do norte do país.
O estado de exceção foi pedido por Lugo ao Congresso Nacional para combater o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), apontado pelo governo como responsável por sequestros, assassinatos e possíveis vínculos com o grupo guerrilheiro colombiano FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)
Durante um mês, três mil soldados da Polícia Militar e das Forças Armadas estiveram mobilizados nos departamentos de San Pedro, Concepción, Amambay, Alto Paraguay e Presidente Hayes.
O estado de exceção termina, entretanto, sem que a prisão de algum membro do grupo tenha sido anunciada.
Críticas
De acordo com o jornal ABCColor, os automóveis usados pelas tropas já não tinham combustível para as operações naquela região.
O ministro do Interior, Rafael Filizzola, disse que as ações dos soldados tiveram "resultados positivos", "com a aprovação da população".
Mas Filizzola afirmou também que "seria difícil e desnecessário manter o estado de exceção por mais tempo".
A expectativa é que o governo apresente um balanço do período nesta terça-feira, enviando um documento detalhado ao Congresso.
O deputado do opositor Partido Pátria Querida (PPQ), Carlos María Soler, disse à imprensa local que o estado de exceção foi "um fracasso" porque o grupo armado não foi capturado.
Já a deputada da base governista Desiree Masi afirmou que trinta dias, como determinou o Parlamento, era um prazo menor do que propôs o governo, o que teria dificultado a meta da operação.
"Mas existe um consenso no governo de não se pedir a prorrogação da medida (estado de exceção). E estamos analisando como os militares podem continuar apoiando os trabalhos (de segurança) na região", disse ela.
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