Com críticas à carga tributária no país, o grupo gaúcho Gerdau anunciou hoje um investimento de R$ 750 milhões para a construção de uma usina siderúrgica em São Paulo, que começa a operar em maio de 2005 com a produção de aço. A etapa de laminação, em que o aço é transformado em produto final, começa em abril de 2006.
O projeto da usina em São Paulo é antigo. Foi anunciado no início de 2001 e chegou a ser engavetado em 2002 em um momento de turbulências no mercado devido às eleições presidenciais.
Localizada em Araçariguama (rodovia Castelo Branco km 52), a cerca de 50 km a oeste da capital, na região de Sorocaba, a usina pretende gerar 4.000 novos empregos diretos e indiretos na primeira etapa do projeto.
O investimento será realizado em duas etapas --a primeira de R$ 500 milhões até 2006 e a segunda de R$ 250 milhões para a ampliação da capacidade instalada.
Do valor da primeira etapa, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) responde por 55%, fornecedores e instituições bancárias por 25% e a própria empresa por 20%.
A unidade terá capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas de aço e 1,2 milhão de toneladas de vergalhões para o setor da construção civil. Com o projeto, a capacidade instalada total do grupo Gerdau nas Américas cresce para 18 milhões de toneladas de aço por ano, aumento de 8%.
Impostos e mercado interno
Mesmo antes de iniciar a produção, a unidade já começou a pagar impostos que vão somar, segundo a empresa, R$ 225 milhões, equivalentes a 30% de todo o valor do investimento.
"Esta fábrica, se fosse construída em qualquer outro lugar do mundo, teria custo tributário zero antes de iniciar a operação. A diferença de 30% poderia ser aplicada no aumento da produção, gerando mais empregos", declarou o presidente do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter, em nota.
A produção da usina tem como foco o mercado interno, principalmente os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul --atendidos hoje pela Gerdau Cosigua (RJ) e Gerdau Divinópolis (MG).
SP auto-suficiente
Com o novo investimento, São Paulo passa de importador de vergalhões de outros Estados para exportador, tornando-se auto-suficiente no abastecimento do produto. Na primeira fase, a capacidade anual da aciaria será de 900 mil toneladas de aço e da laminação, 600 mil toneladas de vergalhões.
Até o começo de 2006, quando a laminação começa a operar, os tarugos provenientes da aciaria serão transformados em vergalhões em outras unidades do grupo.
Além da nova usina, o grupo Gerdau possui, em São Paulo, cinco plantas industriais, uma unidade de corte e dobra de aço Armafer, seis unidades de coleta e processamento de sucata de aço, 16 filiais e um centro de beneficiamento de aços planos da Comercial Gerdau, além da administração comercial no Brasil.
A usina foi projetada como "compact integrated market mill", na qual a compra de insumos é feita na região onde os produtos são vendidos. É mais compacta que as usinas tradicionais, pois tem maior capacidade de produção em uma área menor (1,3 milhão de metros quadrados).
O projeto da usina em São Paulo é antigo. Foi anunciado no início de 2001 e chegou a ser engavetado em 2002 em um momento de turbulências no mercado devido às eleições presidenciais.
Localizada em Araçariguama (rodovia Castelo Branco km 52), a cerca de 50 km a oeste da capital, na região de Sorocaba, a usina pretende gerar 4.000 novos empregos diretos e indiretos na primeira etapa do projeto.
O investimento será realizado em duas etapas --a primeira de R$ 500 milhões até 2006 e a segunda de R$ 250 milhões para a ampliação da capacidade instalada.
Do valor da primeira etapa, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) responde por 55%, fornecedores e instituições bancárias por 25% e a própria empresa por 20%.
A unidade terá capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas de aço e 1,2 milhão de toneladas de vergalhões para o setor da construção civil. Com o projeto, a capacidade instalada total do grupo Gerdau nas Américas cresce para 18 milhões de toneladas de aço por ano, aumento de 8%.
Impostos e mercado interno
Mesmo antes de iniciar a produção, a unidade já começou a pagar impostos que vão somar, segundo a empresa, R$ 225 milhões, equivalentes a 30% de todo o valor do investimento.
"Esta fábrica, se fosse construída em qualquer outro lugar do mundo, teria custo tributário zero antes de iniciar a operação. A diferença de 30% poderia ser aplicada no aumento da produção, gerando mais empregos", declarou o presidente do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter, em nota.
A produção da usina tem como foco o mercado interno, principalmente os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul --atendidos hoje pela Gerdau Cosigua (RJ) e Gerdau Divinópolis (MG).
SP auto-suficiente
Com o novo investimento, São Paulo passa de importador de vergalhões de outros Estados para exportador, tornando-se auto-suficiente no abastecimento do produto. Na primeira fase, a capacidade anual da aciaria será de 900 mil toneladas de aço e da laminação, 600 mil toneladas de vergalhões.
Até o começo de 2006, quando a laminação começa a operar, os tarugos provenientes da aciaria serão transformados em vergalhões em outras unidades do grupo.
Além da nova usina, o grupo Gerdau possui, em São Paulo, cinco plantas industriais, uma unidade de corte e dobra de aço Armafer, seis unidades de coleta e processamento de sucata de aço, 16 filiais e um centro de beneficiamento de aços planos da Comercial Gerdau, além da administração comercial no Brasil.
A usina foi projetada como "compact integrated market mill", na qual a compra de insumos é feita na região onde os produtos são vendidos. É mais compacta que as usinas tradicionais, pois tem maior capacidade de produção em uma área menor (1,3 milhão de metros quadrados).
Agência Folha
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