A mesma polêmica que quase inviabilizou o GP Brasil de F-1 no ano passado pode voltar com força total na próxima temporada.
A celeuma gira em torno da medida provisória 118, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2003 e que liberou a publicidade de cigarro durante eventos esportivos.
O texto, porém, é válido só até o dia 31 de julho de 2005. E, segundo um pré-calendário já distribuído pela FIA (entidade máxima do automobilismo) às equipes da categoria, o evento no Brasil será realizado depois dessa data.
De acordo com o planejamento inicial de Bernie Ecclestone, o homem forte da F-1, o Brasil vai receber sua etapa do Mundial de 2005 no dia 23 de outubro.
Mas segundo Tamas Rohonyi, promotor da prova no Brasil, o dia exato do evento ainda pode ser alterado. "Só que uma coisa é certa: o GP será realizado em uma das três últimas datas estipuladas no calendário da FIA", relata.
Ele se refere aos dias 25 de setembro, 9 e 23 de outubro. Ou seja: todas as lacunas abertas estão fora do período de abrangência da MP. "Ainda não definimos o dia da corrida por causa desse decreto", afirmou Rohonyi.
Sua preocupação encontra respaldo na quantidade de parcerias entre equipes e empresas tabagistas. Dos cinco times que hoje lideram o Mundial de construtores, quatro são patrocinados por marcas de cigarro --só a Williams não faz parte do grupo.
No ano passado, quando chegou a ser cogitado o cancelamento do GP por causa da proibição à propaganda do tabaco, o Ministério do Esporte precisou intervir.
Agnelo Queiroz, que coordena a pasta, precisou convencer o ministro Humberto Costa (Saúde) de que o evento é grande e movimenta a economia de São Paulo.
Seu colega lutava pela continuação do trato duro com o setor, fruto do recrudescimento da legislação antitabagista durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No final, Agnelo obteve uma saída para o caso. Com data marcada para expirar.
Agora, contudo, sua pasta parece seguir um caminho diferente. Mesmo com as discussões já adiantadas sobre a data do GP de 2005, o ministério não tomou atitude para tentar nova liberação da publicidade do cigarro.
Segundo assessores do ministério, a corrida deverá seguir a legislação que estiver em vigor.
O Brasil costumava receber provas no início da temporada até 2003. Este ano, o GP vai fechar o circuito, no dia 24 de outubro.
Uma das maiores entusiastas da nova data foi a a prefeita Marta Suplicy (PT). Coincidência ou não, o evento vai ser disputado entre o primeiro e o segundo turnos das eleições municipais.
A celeuma gira em torno da medida provisória 118, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2003 e que liberou a publicidade de cigarro durante eventos esportivos.
O texto, porém, é válido só até o dia 31 de julho de 2005. E, segundo um pré-calendário já distribuído pela FIA (entidade máxima do automobilismo) às equipes da categoria, o evento no Brasil será realizado depois dessa data.
De acordo com o planejamento inicial de Bernie Ecclestone, o homem forte da F-1, o Brasil vai receber sua etapa do Mundial de 2005 no dia 23 de outubro.
Mas segundo Tamas Rohonyi, promotor da prova no Brasil, o dia exato do evento ainda pode ser alterado. "Só que uma coisa é certa: o GP será realizado em uma das três últimas datas estipuladas no calendário da FIA", relata.
Ele se refere aos dias 25 de setembro, 9 e 23 de outubro. Ou seja: todas as lacunas abertas estão fora do período de abrangência da MP. "Ainda não definimos o dia da corrida por causa desse decreto", afirmou Rohonyi.
Sua preocupação encontra respaldo na quantidade de parcerias entre equipes e empresas tabagistas. Dos cinco times que hoje lideram o Mundial de construtores, quatro são patrocinados por marcas de cigarro --só a Williams não faz parte do grupo.
No ano passado, quando chegou a ser cogitado o cancelamento do GP por causa da proibição à propaganda do tabaco, o Ministério do Esporte precisou intervir.
Agnelo Queiroz, que coordena a pasta, precisou convencer o ministro Humberto Costa (Saúde) de que o evento é grande e movimenta a economia de São Paulo.
Seu colega lutava pela continuação do trato duro com o setor, fruto do recrudescimento da legislação antitabagista durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No final, Agnelo obteve uma saída para o caso. Com data marcada para expirar.
Agora, contudo, sua pasta parece seguir um caminho diferente. Mesmo com as discussões já adiantadas sobre a data do GP de 2005, o ministério não tomou atitude para tentar nova liberação da publicidade do cigarro.
Segundo assessores do ministério, a corrida deverá seguir a legislação que estiver em vigor.
O Brasil costumava receber provas no início da temporada até 2003. Este ano, o GP vai fechar o circuito, no dia 24 de outubro.
Uma das maiores entusiastas da nova data foi a a prefeita Marta Suplicy (PT). Coincidência ou não, o evento vai ser disputado entre o primeiro e o segundo turnos das eleições municipais.
Folha Online
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