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GREVE DOS CAMINHONEIROS

Governo e caminhoneiros chegam a acordo para trégua de 15 dias

Governo e caminhoneiros chegam a acordo para trégua de 15 dias

24 Mai 2018 - 20h25Por O GLOBO

Após uma reunião que durou mais de sete horas, o governo aceitou uma série de reivindicações impostas por representantes dos caminhoneiros. Em troca, os trabalhadores deram quinze dias de trégua ao Palácio do Planalto. O governo propôs mantar a redução de 10% no valor do diesel pelos próximos 30 dias (15 a mais que o anunciado pela Petrobras). A diferença será compensada pelo Tesouro.

Além disso, assegura periodicidade minima de 30 dias para reajuste do preço do diesel na refinaria, também com compensação por parte da União à estatal.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, iniciou a coletiva anunciando o acordo e destacando que o apenas o presidente da Unicam, José Araújo China da Silva, não assinou o termo do acordo.

— Teremos vigência de 30 dias no diesel do mesmo preço. Tratamos com a Petrobras — disse Padilha.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou que o custo de arcar com o congelamento de preços para o Tesouro será da ordem de R$ 350 milhões. Ele ainda afirmou que o governo nunca pediu à Petrobras que modificasse sua política de preços, que oscila de acordo com o mercado.

— Em nenhum momento pedimos para que houvesse qualquer mudança na política de preços da Petrobras. O problema que queremos lidar é o da volatilidade do preço, dar previsibilidade dos preços. O que estamos combinando é que preço ficará fixo por 30 dias. A Petrobras está oferecendo os primeiros 15 dias e, a partir do 16º dia, o governo assume.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, chegou a falar em intervenção do governo e foi rapidamente corrigido por Padilha.

— A política de preços da Petrobras continua preservada até a porta da refinaria. A partir da refinaria, o governo escolhe ( o preço na bomba), intervém.

A União se comprometeu também a zerar a Cide sobre o diesel neste ano, mas não citou a redução a zero do PIS/Cofins. Isso está em discussão no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto aceitou ainda reeditar a tabela de fretes do serviço do transporte remunerado de cargas por conta do terceiro a partir de 1º de junho, bem como mantê-la atualizada trimestralmente.

O governo também se comprometeu a negociar com os estados para isentar a tarifa de pedágio por eixo quando os caminhões estão vazios. E editar uma medida provisória (MP) autorizando a Confederação Nacional de Abastecimento (Conab) a reservar 30% de sua demanda de frete para cooperativas ou entidades de transportadores autônomos.

'NÃO FOMOS SURPREENDIDOS', DIZ PADILHA

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, depois de anunciado o acordo, fez um apelo aos caminhoneiros para que voltem ao trabalho. Ele disse que o presidente Michel Temer fez de tudo que estava ao alcance porque está "preocupadíssimo" com o que acontece no país. Padilha acredita que será retomada a "tranquilidade".

— Os caminhoneiros que estão paralisados também querem voltar a trabalhar. Acreditamos que em qualquer momento o movimento começa desmobilizado. Chegou o momento de olharmos para as famílias dos brasileiros, olhar aqueles que estão nos supermercados, nas suas granjas. Então, celebramos todo esse acordo. A família dos brasileiros precisa de vocês. O presidente Temer está preocupadíssimo com o que está acontecendo em todos os lares do Brasil — disse Padilha.

Padilha lembrou que foi ministro dos Transportes em 1999, quando também houve uma greve.

— Não fomos surpreendidos na forma de agir — disse Padilha, negando surpresa com o movimento.

REUNIÃO TENSA

A reunião foi tensa, segundo fontes envolvidas nas negociações. Apesar do acordo, o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, saiu antes da reunião antes do fim, reiterando que os cerca de 700 mil caminhoneiros representados pela entidade não vão deixar as rodovias enquanto o projeto de lei que reduz PIS/Cofins sobre o diesel não for aprovado sancionado. A União Nacional dos Caminhoneiros também não assinou o acordo.

O governo montou um gabinete de crise para lidar com a greve dos caminhoneiros. Os principais ministros do presidente Michel Temer ficaram em reunião com representantes do movimento até o início da noite para tentar chegar a um acordo.

O presidente Michel Temer manteve contato direto com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para dar aval às negociações realizadas no Palácio do Planalto enquanto ele estava em viagem ao Rio de Janeiro. Temer disse aos parlamentares que estavam na comitiva oficial que "não era hora de "protagonismos" e sim de ajudar o país a encontrar uma solução.

Temer manteve a agenda no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, depois de ter participado de uma primeira reunião governamental com todo o governo e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, pela manhã.

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