Nabil Abu Rdainah, um importante assessor de Arafat, disse que o estado do líder palestino, de 75 anos, ainda era sério. Arafat está internado em um hospital militar francês.
"Os médicos disseram que o estado dele não é irreversível. Não houve mudanças, ele continua em estado crítico. Os médicos ainda não sabem o que há de errado com ele", afirmou Abu Rdainah. Um porta-voz do hospital disse no fim da sexta-feira que o estado de Arafat não piorou nas últimas 24 horas, mas não deu mais detalhes.
A página de Internet do principal jornal israelense Yediot Ahronoth informou mais cedo, citando fontes palestinas, que Arafat tinha saído parcialmente do coma e estava se comunicando com os médicos. Rdainah não comentou a reportagem.
Notícias conflitantes sobre a saúde de Arafat têm circulado desde que ele foi levado à unidade de terapita intensiva (UTI) na quarta-feira à noite. Muitas pessoas de seu círculo estão preocupadas de que as notícias sobre sua saúde aumentem o caos entre os palestinos.
Os palestinos temem um vácuo de poder e uma batalha pelo controle político. Líderes estrangeiros estão pedindo que os palestinos não abandonem a busca pela paz com Israel se Arafat morrer.
Também se discute onde Arafat, que é a personificação da luta palestina por um Estado independente, deveria ser enterrado. As autoridades palestinas se recusaram a discutir o funeral abertamente, mas Arafat disse que quer ser enterrado em Jerusalém. Israel quer que Arafat, admirado pelos palestinos, mas odiado por muitos israelenses, seja enterrado na Faixa de Gaza.
A morte do líder palestino, que é visto por Israel e Washington como um obstáculo para a paz, poderia alterar a dinâmica do conflito no Oriente Médio.
Terra Redação
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