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Enfermeira é denunciada por mais de 20 funcionárias da Santa Casa por assédio

3 Set 2013 - 16h21Por Mídia Max

Constrangimento verbal e retirada de colchões para descanso, obrigando profissionais a dormirem no chão são algumas das acusações feitas contra uma enfermeira da Santa Casa de Campo Grande. Cerca de 20 técnicas de enfermagem e auxiliares acionaram o SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) para denunciar K.K.G.L. por assédio moral, sofrido por elas há cerca de um ano e meio, segundo os relatos.

Entre as reclamações, as principais são sobre a conduta da profissional. “As funcionárias reclamam da postura dela, que chama a atenção, grita, bate na mesa para passar as orientações e corrigi-las”, explica a advogada do SIEMS, Ana Cláudia Pitanga.

A preocupação do sindicato é com a condução do caso. Desde a denúncia registrada em cartório, no dia 24 de junho até o presente momento, quatro funcionárias foram remanejadas da ala onde trabalhavam e uma foi demitida.

Um dia após a denúncia ao sindicato, a Gerência de Enfermagem do hospital instaurou uma sindicância para apurar os fatos, entre eles denúncias de ‘relações desumanas’, ‘ameaça constante de advertência’ e ‘coações diárias de menosprezo, difamação e ironia’.

Conforme documentação enviada ao Midiamax, uma das técnicas relata que sofreu um acidente, sendo atendida no próprio pronto socorro da Santa Casa e que levou falta e uma medida disciplinar por não ter ido trabalhar. Segundo ela, outra enfermeira, subordinada a K.K.G.L. teria dito que estava aplicando a medida a pedido da chefe.

Em outra ocasião, uma funcionária disse que a enfermeira arrombou os armários e jogou os pertences das técnicas no chão, além de ser coagir pela enfermeira por quase três horas em uma sala do hospital.

As funcionárias também denunciam as condições em que fazem os descansos, obrigatórios pela CLT (Consolidações das Leis do Trabalho), relatando que a chefia teria retirado as camas doadas pelo SIEMS para que as funcionárias permanecessem no chão.

Como muitas fazem faculdade, a reclamação mais presente é a de troca de plantões e horário de trabalho. Uma das trabalhadoras mudou de turno na universidade para se adequar à mudança de escala feita pela enfermeira e quatro meses depois seu horário foi mudado novamente.

No relatório feito pela Santa Casa, a chefia de enfermagem, apesar de todos os depoimentos, esclarece alguns pontos informando que os armários foram arrombados, mas que as funcionárias tinham sido avisadas sobre retirar seus pertences para troca.

 Sobre as camas, a justificativa é de que a CLT determina uma hora para descanso, não especificando que o local deva ser uma cama. Porém, são dois colchonetes para as cinco funcionárias de cada turno. Mesmo assim, o relatório informa que “não há motivo para os funcionários descansarem no chão”.

A advogada ressalta que a caracterização do assédio moral é difícil de ser feita e questiona o relatório feito pela gerência de enfermagem. “No fim das contas, apesar de todos os depoimentos, a gerente não caracteriza a situação como assédio moral, mas sim como um caso de ética e encaminha os fatos para a comissão”, diz Ana Cláudia.

Além disso, a advogada diz que a enfermeira e a gerente de enfermagem possuem uma relação de coleguismo, já que as duas mantêm uma foto no Facebook em que estão em uma festa junina, uma ao lado da outra.

Morosidade

A reclamação do sindicato é em relação à morosidade judicial que envolve o caso. “A Justiça do Trabalho é um pouco mais ágil, mas mesmo assim as funcionárias tiveram problemas, já que foram remanejadas e uma demitida após as denúncias. Elas ainda aguardam uma liminar para serem reconduzidas aos cargos até a finalização do processo”.

Uma nova audiência para o caso foi marcada apenas para o dia 26 de fevereiro. “Uma das funcionárias, conforme consta no próprio relatório da gerência de enfermagem, faz acompanhamento psiquiátrico desde que foi coagida pela enfermeira. Outra perdeu o emprego. Então, eu avalio que há urgência nesses casos”, finaliza.

A profissional foi procurada pela equipe de reportagem, mas a informação da assessoria de comunicação da Santa Casa é de que ela não foi localizada no hospital para dar sua versão dos fatos.

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