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Brasil

Em MS, mulheres são 32% das vítimas da Aids

1 Dez 2004 - 09h43
Em Mato Grosso do Sul, nos últimos 20 anos, foram 2.991 notificações de casos de HIV/Aids, com 968 vítimas do sexo feminino contaminadas pelo vírus, 32% dos registros. O Estado é o 14º em registros da doença no País. Este ano, o Ministério da Saúde lança no Dia Mundial da Luta Contra a Aids o tema “Mulher sua história você quem faz”.
A proporção atual é de 1,5 homem infectado para cada mulher. Na década de 80, o parâmetro era para cada 100 homens, 25 mulheres infectadas, segundo a Coordenação Estadual de DST/Aids.
Desde 1984, Campo Grande registrou 60.3% dos casos em Mato Grosso do Sul, com 1.804 notificações – 514 mulheres e 60 crianças. Ainda neste período no Estado, 105 crianças foram infectadas, 28 morreram vítimas da doença na Capital.
Com o sub-tema “Ser mãe é ter compromisso com a vida”, Mato Grosso do Sul este ano enfatiza o tratamento do filho da mãe soropositiva. O contato com o HIV acontece ainda na fase em que a criança está no ventre, explica a coordenadora estadual de DST/Aids, Gisele de Freitas.
Em 2004, o trabalho de prevenção voltado para as mães indica resultados. Houve apenas um óbito de criança em Mato Grosso do Sul.
Das 102 gestantes portadoras do vírus, 36 são de Campo Grande, ou seja, a maioria dos casos aconteceu nas cidades do interior – 64%.
De Ponta Porã, a 334 quilômetros de Campo Grande, a artesã Emília*, 31 anos, foi o primeiro caso registrado na cidade, fronteira com o Paraguai, de gravidez de uma soropositiva que conseguiu, após tratamento, negativar o bebê, ou seja, barrar a contaminação da criança. Para Emília, longe da Capital o serviço de atendimento às mulheres soropositivas é precário.
“Fiquei grávida duas vezes e no Serviço Ambulatorial Especializado de Ponta Porã os funcionários nos atendem, mas falta compreensão e boa vontade. Aqui em Campo Grande é melhor”, diz Emília, que participa das discussões do projeto ‘Gente é pra Ser Feliz’, do Ibiss-CO (Instituto de Inovaçõs Pró-Sociedade Saudável Centro-Oeste), envolvendo crianças e jovens infectados ou filhos de portadores de HIV.
“Quando engravidei logo pensei, e agora? Não vou poder amamentar, meu marido (também soropositivo) é pedreiro, nosso bebê terá que tomar leite caro, e se ele morrer? Será por culpa minha?”, desabafa. Essa foi a segunda gravidez da artesã. Seu primeiro filho foi salvo graças ao diagnóstico antes da gestação. A situação que chama de “descuido”, a segunda criança, também conseguiu nascer sem o vírus graças ao tratamento. “Meus filhos são minha alegria. O tratamento no pré-natal foi importantíssimo”.
No ano passado, 119 grávidas adquiriram o HIV. Em 2004 já foram 102 gestantes notificadas. “A intenção é conscientizar a mulher sobre a transmissão materna infantil. Se for feito o acompanhamento logo após a 14ª semana de gestação e a mãe não amamentar a criança, não corre riscos”, explica a coordenadora estadual de DST/Aids, Gisele de Freitas.
O número de mortes por HIV/Aids nas duas últimas décadas foi de 1.412 pessoas, ou seja, 47% dos notificados foram a óbito em Mato Grosso do Sul. “Observamos que foram pacientes que se recusavam a fazer o tratamento regular ou fizeram o diagnóstico tardiamente”, explica. Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas). A data foi criada para incentivar a solidariedade, tolerância, compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids.
No Brasil, a data passou a ser adotada,a partir de 1988, por uma portaria do Ministro da Saúde. São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm, respectivamente, as maiores incidências.
 
 
Campo Grande News

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