Após operar boa parte da manhã perto da estabilidade, o dólar passou a cair, impulsionado pela divulgação do superávit recorde em conta corrente no mês julho. O ingresso de recursos por uma grande empresa nacional também ajudou a moeda a atingir a mínima de R$ 2,9470. No fechamento dos negócios, a moeda norte-americana ficou cotada a R$ 2,9500 na compra e R$ 2,9520 na venda, com queda de 0,14%. É a menor cotação desde 30 de abril, quando fechou em R$ 2,9320. Na bolsa paulista, o movimento comprador prevalece. Às 16h30, o Ibovespa subia 0,98%, aos 23.094 pontos.
O Brasil registrou em julho superávit de US$ 1,814 bilhão em suas transações correntes, acima do resultado positivo de US$ 740 milhões em julho de 2003. Os investimentos estrangeiros diretos líquidos no país subiram para US$ 1,6 bilhão em julho, frente a US$ 1,247 bilhão de igual mês do ano passado.
"O mercado já estava animado com o superávit, mas estava resistindo nos R$ 2,95. Mas houve uma entrada não muito expressiva e isso acabou derrubando o dólar de vez", disse o operador de câmbio de um grande banco nacional em São Paulo.
Um outro destaque desta manhã foi a divulgação do fluxo cambial parcial do mês de agosto, negativo em US$ 462 milhões em agosto até o dia 23. Em julho, o saldo foi negativo em US$ 816 milhões. Segundo analistas, o mercado já esperava um saldo negativo e não demonstrou preocupação por conta da recente retomada das emissões privadas no mercado internacional.
Na bolsa paulista, o forte desempenho das bolsas norte-americanas e a queda dos preços do petróleo no mercado internacional contribuíam para a mudança de tendência.
O barril futuro de petróleo negociado em Nova York cedia cerca de US$ 1,00, para US$ 44,20, pressionado pelo forte movimento de venda nos contratos de gasolina. A escalada dos preços da commodity --que na semana passada chegou perto de US$ 50 o barril-- está no centro das atenções de investidores, por representar ameaça ao crescimento da economia global.
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