O dólar manteve a tendência de queda nesta quinta-feira, com a entrada de divisas no país. O recuo da moeda norte-americana, no entanto, foi contido pela expectativa de uma maior atuação do Banco Central no mercado e pela fraqueza nos mercados acionários.
O dólar fechou em baixa de 0,20%, cotado a R$ 2,030.
Pela manhã, na abertura dos negócios, a moeda subiu 0,20%. O mercado reagia à crise na Ásia, onde as bolsas registraram queda generalizada, por conta de dados de inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) da China. O mau humor se espalhou para as bolsas da Europa, que abriram em queda. Ao longo do dia, no entanto, a cotação foi revertida.
Apesar do fluxo cambial positivo, que está acumulado em US$ 21,7 bilhões no ano, os investidores deram suporte à cotação do dólar com a possibilidade de um leilão de swap cambial reverso (acordo de troca de moedas a uma taxa determinada) sem aviso prévio.
"O pessoal está segurando um pouco... com essa expectativa de que o BC não anuncie mais os leilões (de swap reverso)", disse Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa.
Para Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez, "o mercado não arrisca muito". "Quem quer apostar na baixa do dólar, é mais aconselhável em posição um pouco mais longa do que no dólar curto (à vista)", acrescentou.
Na opinião de Fujisaki, porém, o efeito da decisão do BC de não mais anunciar antecipadamente eventuais leilões de swap cambial reverso pode se esgotar.
"Se passa dois, três, quatro dias e não acontece nada, o mercado começa automaticamente a voltar um pouco", afirmou. Ele lembrou, contudo, que os mercados externos podem inspirar cautela.
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