O dólar acompanhou a fraqueza dos mercados e se manteve acima do piso de R$ 1,90 nesta terça-feira. O fluxo colocou a moeda norte-americana em queda em boa parte da sessão, mas o leilão do BC e a zeragem de algumas posições fizeram a cotação do dólar reagir.
A moeda norte-americana fechou estável, cotada a R$ 1,905, após mínima de R$ 1,901.
O dólar abriu em alta de 0,37%, em reação à timidez dos mercados norte-americanos e a ajustes de posição após quatro baixas seguidas na taxa de câmbio.
Ao longo do dia, porém, o ingresso de dólares estabeleceu uma trajetória de queda para a cotação da moeda, que se aproximou aos poucos do piso de R$ 1,90, sem rompê-lo.
"(Depois de) alguns ajustes que foram feitos pela manhã e (com) a fraqueza do mercado, fica ao sabor do fluxo, que é um pouco positivo. Isso faz com que o mercado tenha que vender um pouco", explicou Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy.
Os dados sobre o fluxo cambial, que tem registrado saldo positivo desde o começo do ano, estão com divulgação atrasada desde maio por conta de uma greve dos servidores do Banco Central - encerrada na última sexta-feira.
Após o leilão de compra de dólares realizado pelo BC, porém, o dólar zerou as perdas da sessão. Na operação, a autoridade monetária definiu taxa de corte a R$ 1,903 e, segundo operadores, aceitou entre sete e 11 propostas.
De acordo com o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, o fato de o dólar não ter rompido o patamar de R$ 1,90 pela primeira vez desde novembro de 2000 também contribuiu para o fechamento estável.
Segundo ele, há a expectativa de que, após ceder abaixo do piso de R$ 1,90, a cotação possa acelerar a queda. "O dólar tem ficado muito na expectativa de romper 1,90 (real). Como não ocorreu hoje... quem abriu posição vendida (que aposta na queda do dólar) teve que zerar", disse.
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