Origem da preocupação que levou os mercados financeiros à turbulência, os Estados Unidos ainda são o principal parceiro comercial do Brasil, mas a dependência brasileira dos negócios com os norte-americanos é menor hoje do que há cinco anos.
Apesar de a atual crise mundial já ter afetado o preço internacional de produtos que são importantes para a balança comercial brasileira, como soja e café, uma recessão centrada no país mais rico do mundo - cenário que ficou menos improvável após a crise no setor imobiliário norte-americano - afetaria diretamente, em um primeiro momento, menos de 15% dos negócios brasileiros com o exterior.
Isso porque no mês passado a participação dos Estados Unidos no comércio global brasileiro ficou em 14,6% - a menor fatia da história.
Em julho de 2007, quando o Brasil negociou US$ 24,9 bi com o exterior (entre importações e exportações), as trocas com os Estados Unidos somaram US$ 3,6 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior. Em julho de 2002 - início do último semestre da era FHC -, a participação dos EUA era de 24% (US$ 2,7 bi num total de US$ 11,2 bi).
O espaço que os EUA perderam nos últimos cinco anos foi ocupado principalmente por China e Argentina. O país asiático era responsável por apenas 2,4% do comércio brasileiro e hoje detém 8,8%. Com os argentinos o Brasil fez, no mês passado, 8,9% de todas as suas negociações com o exterior. Há cinco anos, a participação argentina era de 3,1%.
China e Argentina, porém, não foram os únicos que passaram a ocupar mais espaço na cena comercial brasileira. Outros exemplos são Alemanha (de 3,5% para 5,5%), Nigéria (0,6% para 3,7%) e Chile (de 1,8% para 3,2%).
Redação Terra
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