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Brasil

Com 2 anos de governo, taxa de FHC atingiu 47%

27 Dez 2004 - 08h36
Colocadas uma sobre a outra, as curvas de popularidade dos governos FHC (primeiro mandato, de 1995 a 1998) e de Lula (de 2003 até hoje) mostram que o padrão de avaliação é bem semelhante.

O petista Luiz Inácio Lula da Silva tem hoje 45% de avaliação ótimo ou bom para seu governo. Nesta mesma época em dezembro de 1996, ao completar seu segundo ano de mandato, o tucano Fernando Henrique Cardoso registrava 47% de aprovação.

Como a margem de erro da pesquisa do Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, é certo dizer que Lula e FHC têm desempenhos tecnicamente iguais. O que os diferencia é a perspectiva futura, pois a conjuntura do país hoje é diferente da de dezembro de 1996.

Essa sinalização do eleitorado está presente na pesquisa do Datafolha. Quando indagados qual governo é melhor, se o de Lula ou o de FHC, 54% apontam o do petista como o melhor. Esse percentual é estável desde o início do mandato (variou de 50% a 55%).

Lula foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960 que recebeu a faixa presidencial de outro eleito da mesma forma. Não há como comparar FHC com seus antecessores, pois Itamar Franco (1992-1994) teve um mandato tampão. Ele havia sucedido Fernando Collor (1990-1992), que saíra do cargo em meio a um rumoroso processo de impeachment. Antes disso, José Sarney (1985-1990) havia sido eleito pelo voto indireto, encerrando os 21 anos de ditadura (1964-1985).

Até agora, Lula e FHC tiveram comportamentos parecidos aos olhos da opinião pública na parte inicial de seus mandatos. Em democracias representativas estáveis, as dificuldades tendem a aparecer no final de governo.

FHC teve vários obstáculos. Por exemplo, nesta época, em 1996, estava se preparando para colocar em votação a emenda constitucional da reeleição --que viria a ser aprovada em janeiro de 1997, com vários deputados confessando terem vendido seus votos. Abriu-se uma crise, com ameaça de CPI. O PMDB tomou o governo de assalto, ganhou cargos e a área política nunca mais foi tranqüila para o tucano.

Lula, no momento, não tem nenhum assunto tão polêmico ou premente como a emenda da reeleição que atrapalhou os planos de FHC. O petista também não está amarrado ao câmbio semifixo que limitava as ações do governo tucano na economia --além das sucessivas crises financeiras externas que abalavam o Plano Real.

O grande desafio do petista é conseguir manter o superávit nas contas públicas num patamar alto e ainda assim fomentar investimentos com a taxa de juros elevada para conter a inflação.

Até agora, a fórmula tem dado certo. Em oito anos de governo, FHC nunca teve o PIB (Produto Interno Bruto) crescendo acima de 5%. É possível que Lula registre em 2004 um percentual na proximidade de 5,1% a 5,3%, pelas contas da sua área econômica.

A vantagem comparativa de FHC era que o real valorizado agradava muito à classe média, justamente o setor da sociedade que parece mais insatisfeito hoje com Lula. O tucano segurou a moeda o quanto pôde e se reelegeu no primeiro turno em 1998.
 
 
 
Folha Online

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