O Brasil inicia hoje em Assunção, no Paraguai, uma nova rodada de negociações sobre o aumento de preço da energia elétrica excedente gerada pelo país vizinho na usina de Itaipu. Atualmente, o Brasil paga US$ 120 milhões anuais por essa energia. O Paraguai quer aumentar o valor para US$ 310 milhões.
O assunto envolve alterações no Tratado de Itaipu, assinado pelos dois países em 1973. Pelo texto, o Brasil e o Paraguai têm o direito de usar o Rio Paraná para a produção de energia elétrica até 2023. O documento também obriga o Paraguai a vender o excesso de energia produzido pela empresa binacional Itaipu.
O aumento dos valores pagos pela energia excedente do Paraguai começou a ser discutido desde 2007. Desde então, o assunto já foi analisado por comissões binacionais formadas por técnicos e parlamentares dos dois países.
Hoje, segundo informações da agência oficial de notícias do Paraguai, o assunto será retomado por um grupo de parlamentares brasileiros liderados pelo presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, deputado Pepe Vargas (PT/RS). A contrapartida do Paraguai pelo aumento do preço da energia será a regulamentação das atividades dos chamados brasiguaios, agricultores brasileiros que vivem no país vizinho.
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